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Mercado cripto cresce na América Latina e Brasil lidera negociações;entenda
Investidores brasileiros apostam em Bitcoin e Ethereum para proteger finanças; mercado de criptoativos atinge novos patamares
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A América Latina é uma das regiões mais promissoras no que se refere à adoção de criptomoedas. Um estudo da Binance, realizado com mais de 10 mil usuários da região latina, revelou que 95% acreditam que a adoção de criptomoedas seguirá em alta nos próximos cinco anos.
Esse otimismo não é surpreendente, dado que a situação econômica em muitos países latino-americanos tem se agravado e levado os indivíduos a buscarem alternativas financeiras mais acessíveis e descentralizadas, como o Bitcoin e outras moedas digitais.
A visão dos brasileiros sobre o futuro cripto
No Brasil, o mercado de criptomoedas tem crescido extremamente. De acordo com dados do Banco Central do Brasil, a compra de criptoativos por brasileiros ultrapassou os R$50 bilhões apenas no primeiro semestre de 2023. O país é o líder na América Latina em termos de volume de negociação.
A mesma pesquisa da Binance também apontou que 70,2% dos brasileiros entrevistados estão de acordo com a ideia de que a adoção cripto continuará crescendo nos próximos cinco anos. Além disso, 25,6% concordam com essa previsão, ainda que de forma moderada, o que reforça que a maior parte dos brasileiros enxerga as criptomoedas como uma tendência de longo prazo. Apenas 0,6% dos entrevistados no país manifestaram pessimismo quanto ao futuro da criptoeconomia.
A América Latina, constantemente marcada por crises econômicas e instabilidade monetária, encontrou nas criptomoedas uma forma de proteger a riqueza pessoal e facilitar transações internacionais. No Brasil, o aumento do uso de stablecoins — moedas digitais atreladas ao valor de ativos estáveis como o dólar americano — é um reflexo disso. Segundo dados do mercado, stablecoins como USDT (Tether) estão entre as mais negociadas, ajudando a estabilizar o poder de compra em tempos de inflação e desvalorização cambial.
O relatório da Triple-A, The State of Global Cryptocurrency Ownership in 2024, mostra que o número de usuários de criptomoedas na América Latina cresceu 116% no último ano, atingindo mais de 55 milhões de pessoas. Além das stablecoins, a memecoin em alta é outro tipo de ativo que está em foco no país. O Brasil é responsável por grande parte desse crescimento, e foi o país que mais contribuiu para esse aumento, com milhões de novos investidores entrando no mercado.
Expectativas das criptomoedas até o final de 2024
Apesar da volatilidade do mercado cripto, a maioria dos latino-americanos mantém uma visão otimista sobre os preços das criptomoedas. De acordo com a pesquisa da Binance, 45,8% dos entrevistados esperam uma forte alta nos preços das criptomoedas até o final de 2024, enquanto 41% acreditam em uma alta moderada. No Brasil, essa expectativa é ainda mais forte, com muitos investidores esperando que o Bitcoin e o Ethereum continuem a valorizar.
Essa confiança no mercado se reflete nos números. O Bitcoin, por exemplo, apresentou uma valorização de 39,26% desde o início de 2024, enquanto o Ethereum subiu 15,61%, de acordo com dados da CoinMarketCap. Com atualizações tecnológicas como o proto-danksharding, que visa melhorar a escalabilidade da rede Ethereum, as expectativas são altas.
América latina: o mercado estratégico
Grandes empresas de criptomoedas têm apostado cada vez mais na América Latina como um mercado estratégico. A Binance, por exemplo, relatou um aumento de 61% no uso do Binance Pay — seu sistema de pagamento em criptomoedas — na América Latina em 2023, o que demonstra o potencial de crescimento dos casos de uso de criptomoedas no cotidiano das pessoas. As criptomoedas estão cada vez mais presentes em transações comerciais e pagamentos, facilitando o acesso a serviços financeiros.
A introdução de produtos financeiros como os ETFs de Bitcoin e Ethereum também tem atraído tanto investidores individuais quanto institucionais, tornando o mercado cripto mais acessível para um público mais amplo. Atualmente, existem 16 ETFs de criptoativos registrados na B3, incluindo opções atreladas ao Bitcoin, Ethereum, e até setores emergentes como o metaverso e DeFi (finanças descentralizadas).
Em conjunto com isso, a regulação no Brasil e em outros países da América Latina começa a se moldar de maneira mais clara, o que deve facilitar ainda mais o crescimento do mercado nos próximos anos. A CVM, por exemplo, já permite a criação de ETFs que combinam investimentos em várias criptomoedas em cestas diversificadas. Isso contrasta com mercados como os EUA, onde os ETFs aprovados são mais restritos a ativos individuais.
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