A produção brasileira de aparelhos de ar-condicionado atingiu níveis históricos este ano, com uma previsão de fabricação de 6 milhões de unidades até o final de 2024. Este aumento, que representa um crescimento de 83% em comparação com o mesmo período do ano anterior, segundo dados da Eletros – associação nacional de fabricantes –, reflete a alta demanda e o esforço da indústria para atender a um mercado cada vez mais aquecido. No entanto, apesar desse recorde de produção, os consumidores estão enfrentando dificuldades para encontrar alguns modelos nas lojas.

O aumento na produção de ar-condicionado é um reflexo direto das intensas ondas de calor que o Brasil está enfrentando. Desde o início do ano, o país tem registrado temperaturas acima da média, e as previsões indicam que as ondas de calor continuarão a afetar diversas regiões em setembro. 

Esse cenário tem levado a um aumento na demanda por sistemas de climatização, impulsionando as vendas e gerando uma alta de 88% nas vendas de ar-condicionado apenas no primeiro semestre do ano, superando o crescimento de outras categorias de eletrodomésticos.

Apesar do crescimento na produção, alguns modelos estão se tornando escassos nas lojas devido a problemas logísticos e à seca que afeta a Zona Franca de Manaus, principal polo de fabricação desses aparelhos. A seca tem impactado a disponibilidade de componentes usados para a produção, resultando em dificuldades de escoamento e, consequentemente, na falta de produtos em estoque. Além disso, a alta nos preços dos aparelhos também é um fator que contribui para a dificuldade de encontrar boas ofertas no mercado.

Diante da crescente dificuldade em encontrar ar-condicionado convencional e das altas temperaturas que se aproximam, torna-se necessário explorar opções alternativas para manter o conforto em ambientes internos. Confira: 

Os preços dos ar-condicionados subiram 14,6% no acumulado dos últimos 12 meses, acima da média de outros eletrodomésticos, de acordo com o Índice de Preços Fipe/Buscapé. A alta nos preços é atribuída a fatores como o aumento dos custos de insumos e problemas logísticos relacionados ao frete internacional. Essa elevação de preço, combinada com a escassez de modelos disponíveis, tem gerado preocupações entre os consumidores, que enfrentam desafios para adquirir os aparelhos desejados.

A situação reflete uma demanda crescente por soluções de climatização em um cenário de calor extremo. Para enfrentar essas condições adversas, é essencial considerar alternativas e complementos à climatização tradicional, como ar-condicionado portátil, umidificadores de ar, ventiladores de pé e de parede, e ar-condicionado inverter. Esses itens ajudam a melhorar o conforto térmico em ambientes diversos e auxiliar na adaptação a variações climáticas extremas.