Conquista da casa própria: como chegar lá sem aperto no bolso?

Assim como quase todos os sonhos, se tornar dono da casa própria é totalmente possível; veja como

26/12/2022 17:05
Tirachardz no Freepik
(foto: Tirachardz no Freepik)
Ter a casa própria é o sonho de muitas famílias mineiras, e é difícil encontrar alguém que não sonhe em ter essa segurança e estabilidade. Muitas pessoas planejam a casa ideal: aquela confortável, aconchegante, segura, com cheirinho de limpeza e que desencadeie boas lembranças afetivas.

No entanto, é importante ficar atento a uma série de coisas antes de adquirir um imóvel, afinal, para grande parte da população, adquirir um apartamento ou casa requer planejamento e financiamento, pois essa pode ser a aquisição mais “cara” de toda uma vida.

É preciso estudar a localização e prestar atenção em relação às questões ligadas a deslocamento e necessidades básicas, já que um imóvel é um bem durável, difícil de adquirir e não tão simples de vender. Comprar um imóvel requer cuidado e muito estudo.

Muitas vezes, o deslocamento de uma cidade para outra pode ser menor do que o deslocamento entre dois bairros da mesma cidade. Vale salientar que, geralmente, as capitais costumam ter um custo de vida mais caro.

Quem mora em Belo Horizonte conta com mais infraestrutura do que quem mora em Extrema, por exemplo, mas isso não significa que morar na Capital é estar cercado de tanta qualidade de vida.

As melhores escolas particulares de BH ficam na região central, então quem pretende colocar os filhos em uma delas pode ter despesas muito mais altas se for residir em uma região periférica ou depender de transporte coletivo.

Com os hospitais também não é diferente. Os principais estão localizados no Centro, Zona Leste e Zona Sul. 

Residir nessas regiões pode ser mais conveniente (e seguro) para quem é idoso ou possui alguma doença que exija acompanhamento, por exemplo, mas muitas vezes, morar distante da região central acaba saindo mais caro do que morar em uma cidade vizinha e se locomover entre a estrutura das duas cidades.

Avaliando o bolso


Quando se fala em ter a casa própria, vem logo aquela imagem do imóvel todo mobiliado e com a personalidade dos donos. Mas, bem antes disso, é preciso desenvolver, com calma, um planejamento familiar.

Os financiamentos, em sua maioria, são a longo prazo - o que pode comprometer boa parte da renda da família. 

É para organizar essas coisas da melhor forma que entra a necessidade do planejamento, a fim de reduzir gastos para conquistar metas.

Economistas apontam que o financiamento imobiliário não deve ultrapassar 30% da renda familiar. 

O artigo “Como fazer um planejamento familiar financeiro para comprar um imóvel?”, publicado no portal Diário Seguro, traz dicas de como se organizar financeiramente para realizar o sonho da casa própria.

  • Organizar despesas: é preciso colocar no papel todas as despesas fixas da casa, como energia, água, combustível, escola, alimentação e internet.
  • Reduzir as despesas variáveis: São aquelas despesas que podem ser controladas, como saídas ao shopping, compras de roupas novas e cinemas aos fins de semana.
  • Estabelecer metas: Para realizar um grande sonho, muitas vezes é preciso poupar. Colocar metas familiares vai fazer com que reservar dinheiro mensalmente seja uma prioridade, mantendo as finanças sob controle.
  • Criar alternativas de rendas extras: Buscar formas de aumentar a renda, como executar vendas por comissão, negociar itens que estão sem uso, ou prestar serviços em horários fora da atividade formal de trabalho. 


Financiando um imóvel


O financiamento imobiliário é um modelo de empréstimo de valores, praticado por bancos e instituições financeiras, voltado para a compra de imóveis novos ou usados, além de também poder ser utilizado para construção ou reforma.

O valor final do financiamento é baseado na Selic, taxa básica de juros estipulada pelo Comitê de Política Monetária – Copom - do Banco Central do Brasil. 

A última atualização foi em 26 de outubro de 2022, e manteve o índice de 13,75%, reajustado pelo Copom em 3 de agosto de 2022, segundo o BC.

Quanto mais baixa estiver a taxa Selic, menor será o custo final do financiamento.  

Geralmente as instituições não financiam o valor total do imóvel, então, quem estiver pensando em comprar um imóvel financiado, precisa ter uma parte do valor para dar de entrada.

Poupar por meio de um planejamento financeiro familiar ou até mesmo por meio de um fundo de investimento imobiliário – que vai proporcionar rendimentos mais expressivos que a poupança – são formas de conquistar o montante para a entrada.

Existem requisitos para efetuar o  financiamento imobiliário, dentre eles, os mais básicos são: ter mais de 18 anos e não ter restrições com o CPF. Mas, quem dera eles fossem os únicos.

As exigências envolvem comprovação de renda, residência, histórico financeiro, referências pessoais, entre diversas outras.

Atualmente no Brasil, o financiamento imobiliário conta com duas modalidades. O SFH, que consiste em um financiamento a longo prazo, com taxas de juros de até 12% e o SFI, direcionado a investidores, com taxas de juros variadas. 


A pesquisa do imóvel


São inúmeras as ofertas de imóveis no mercado. É preciso avaliar todas com cautela. A primeira avaliação é se o preço cabe no bolso. Outro ponto importante é a localização. A dica é que seja perto de locais que fazem parte da rotina da família. A logística deve ser levada em consideração, principalmente para quem mora em grandes cidades.

Importante também avaliar o espaço. Se pretende aumentar a família, é preciso analisar a quantidade de quartos, se há área de lazer para crianças.

Quesitos como conforto não se restringem somente aos móveis. Quanto a posição da construção,  faça uma análise sobre o  nascer e pôr do sol, o site marketing e publicidade imobiliária publicou o artigo “Posição solar pode valorizar até 10% um imóvel”, que explica a influência do sol no valor do empreendimento.

É viável que entre luz solar no imóvel, como forma de evitar mofo, bolor e até infiltrações. Em regiões mais quentes, a dica é comprar imóvel voltado para a face leste, onde o sol nasce. No período da tarde, quando a temperatura está mais elevada, o sol já vai estar se direcionando para o oeste, provocando menos penetração no imóvel e deixando o ambiente mais fresco.

Já quem mora em regiões mais frias, vai encontrar imóveis mais valorizados com a face para o lado oeste, onde há pouca penetração de calor pela manhã e mais no período da tarde.

Batendo o martelo sobre o imóvel ideal, aí sim é hora de se esbaldar com a decoração e mobília. Mergulhar nas pesquisas de promoções e cupons para deixar o imóvel bem a cara da família, encher a casa de entretenimento, como btv b13 e ficar na expectativa, no aguardo da chegada. 


O passo a passo do financiamento imobiliário


Uma forma de poupar na hora de realizar um financiamento imobiliário é escolher bem o banco. Cada um possui linhas de créditos diferentes, com taxas de juros variáveis. Atualmente é possível fazer simulações pelas páginas das instituições e ter noção sobre os juros praticados e valores das parcelas.

  • Credor: Consulte ofertas de bancos e faça simulações em diferentes instituições. Importante realizar simulações se propondo a ser cliente da instituição. Agências bancárias oferecem descontos em taxas a futuros clientes.
  • Análise de crédito: entrega de documentações para avaliação do financiamento.
  • Avaliação do imóvel: O banco realiza a avaliação do imóvel a ser adquirido, como forma de confirmar se o preço condiz com o do mercado.
  • Avaliação jurídica: O Banco analisa se há pendências jurídicas em relação ao imóvel, aos compradores e vendedores.
  • Assinatura do financiamento: Após as análises de crédito, do imóvel e jurídica, é feita a pactual de compra entre banco, vendedor e comprador.
  • Registro em cartório: Após a celebração do pacto, o contrato de financiamento deve ser registrado em cartório para a liberação do dinheiro.

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