As fintechs surgiram como uma solução para resolver diversos problemas do mercado financeiro de forma rápida e com menos burocracia e, por causa disso, estão agradando tanto os brasileiros. Afinal, somos campeões nesse quesito. De acordo com um relatório divulgado pelo Banco Mundial, o Brasil é o país mais burocrático do mundo. Segundo o relatório, são gastas 1.025 horas por ano com burocracia tributária, enquanto na Argentina, o tempo médio é de 311,5 horas e no México o número cai para 240,5 horas/ano.
O sucesso é tanto que o segmento recebeu cerca de 50% dos US$ 2,6 bilhões investidos no mundo inteiro como fluxo de capital.
Se as fintechs começaram usando o modelo de startup, com poucos colaboradores e operações reduzidas, elas logo escalaram. Algumas fintechs se destacam rapidamente por seus serviços digitais, com menos taxas que os bancos tradicionais e investimento em publicidade e presença nas redes sociais. O Nubank, considerado o melhor banco brasileiro segundo a Forbes, é a terceira empresa nacional a entrar para o clube dos chamados “unicórnios”, termo dado para startups que valem mais de um bilhão de dólares.
As fintechs já têm enorme força
Mesmo quem ainda utiliza os bancos tradicionais pode ter sido usuário dos serviços de uma fintech e sequer sabe disso. Mas, antes de mais nada, como se trata de dinheiro, a melhor estratégia é sempre obter um suporte profissional na hora de fechar negócio. E isso é simples de ser feito em sites como finbino.com/br que oferecem dicas valiosas para não ficar no escuro na hora de fazer um bom negócio.
O escopo das fintechs é variado. Basicamente as startups podem oferecer quaisquer tipos de serviços financeiros – empréstimos, financiamentos, contas digitais, pagamentos pela internet e etc. – geridos através de um computador ou smartphone conectado à internet. E seu sucesso é enorme: o ranking Fintech100, elaborado pela empresa de consultoria KPMG, e que alia as 50 melhores fintechs do mundo com as 50 emergentes, estimou que essas companhias somadas têm 2,5 bilhões de consumidores.
Existem vários exemplos de fintechs aqui no Brasil: ao todo são mais de 504 empreendimentos desse tipo no país. 34% a mais que em 2019. Estamos falando de nomes como NuBank, Banco Inter, Creditas, Rebel (essas quatro no ranking da KPMG), Banco Original, PicPay, entre outros.
Como as fintechs podem ajudar
Entender o crescimento das fintechs no Brasil e no mundo começa por entender o modelo de negócio que elas adotam, que é o do atendimento remoto, sem contato pessoal direto ou deslocamento físico das partes interessadas.
A geração Millennial, ou seja, pessoas que nasceram entre o fim dos anos 80 e fim dos 90, mais ou menos, começa a tomar posições de relevância no mercado de trabalho. É uma geração que, podemos afirmar, está por trás da “despersonalização” de serviços como deliveries, compras e, o que nos interessa, serviços bancários.
Agências bancárias físicas estão quase obsoletas, sendo que o que as faz persistir é, principalmente, a eventual necessidade de sacar papel-moeda, algo que está em decréscimo constante nos últimos anos. Aí começam a surgir os principais serviços das fintechs.
Um banco digital, por exemplo, permite aos seus clientes abrir contas, fazer todas as transações e gerir pagamentos de vários tipos usando apenas o app no celular. O mesmo vale para as fintechs de empréstimo, que simplesmente não têm uma unidade física na qual interessados entram para entregar documentos e verem se serão aprovados – é tudo online.
O papel das fintechs no segmento corporativo
Além das pessoas físicas em geral, pequenas e médias empresas já trabalham em parceria com fintechs incentivadas, principalmente, pela confiança transmitida por essas startups.
Segundo uma pesquisa feita pela Gartner com 349 gerentes das áreas financeira e de contabilidade pelo Capterra, a maioria das empresas tem mais confiança em fintechs do que em bancos tradicionais. Os dados analisados indicaram que 71% das PMEs que utilizam fintechs têm um nível de confiança alto (55%) ou muito alto (16%) nos serviços contratados. Ao contrário disso, apenas 32% dos entrevistados que trabalham com instituições financeiras tradicionais, demonstram ter confiança nos serviços oferecidos.
É seguro usar uma fintech no Brasil?
Uma preocupação natural e justa é se as fintechs são de uso seguro, ou seja, se os dados dos usuários estão protegidos e não serão usados para fins que não tenham a ver com os interesses do próprio cliente.
Nesse aspecto não é preciso ficar alarmado ou desconfiado, já que o Banco Central é responsável pela regulamentação de qualquer atividade financeira, incluindo as fintechs e sua atuação no Brasil, mesmo nos casos em que seja de atuação totalmente virtual. Há, inclusive, um banco de dados no sistema do Banco Central no qual é possível consultar informações sobre as fintechs usando o CNPJ.