Tudo indica que a atual safra será positiva para os cafeicultores de Minas Gerais. Isso porque a planta teve um bom rendimento, a área plantada aumentou e a estimativa de produção é alta. A colheita segue na sua fase inicial, mas muitos produtores conseguiram fazer a venda antecipada.
Para se ter uma ideia, o relatório de acompanhamento da Cooxupé (Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé) mostra que o índice nacional de colheita é de 16,9%, enquanto que no Sul Mineiro é de 22,01% e no Cerrado Mineiro é de 8,12% até meados de 17 de junho.
Em relação ao ano passado, a colheita está ligeiramente atrasada, mas isso não preocupa os cafeicultores, que devem ter bons resultados neste ano, parecidos com os de 2018, quando a bienalidade da cultura também foi positiva.
Os dados da Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais mostram uma área plantada de 1,03 milhão de hectares, contra 983 mil do ano passado. Além disso, a previsão é de que o estado colha 32,1 milhões de sacas de 60 quilos, enquanto que em 2019 foram 24,6 milhões.
Mas chegar a esses números exige um grande investimento em tecnologia, pesquisa e recursos em toda a cadeia produtiva. Sendo assim, uma preocupação natural dos cafeicultores é reduzir os custos de produção e, ao mesmo tempo, manter a qualidade da planta e do sabor do café.
Uma das maneiras de chegar neste patamar é com o uso do adubo organomineral e orgânico. Ele exige menos aplicação, proporciona uma maturação uniforme da planta e está ao lado do meio ambiente.
Adubo organomineral aumenta a produtividade
Como em 2021 a bienalidade do café será negativa, muitos produtores estão receosos e por isso procuram meios para aumentar a produtividade.
Uma das saídas é o adubo organomineral. Em suma, ele tem uma parcela de matéria orgânica somada a compostos minerais. Sua atuação no solo é diferenciada em relação ao adubo convencional. Isso porque ele garante uma liberação gradual dos nutrientes à planta, nutrindo-a em todos os seus ciclos.
A empresa Terra de Cultivo, fundada em 2010, em Machado-MG, produz adubo organomineral e já recebeu inúmeros relatos de cafeicultores que perceberam uma nítida mudança na planta. Os pés ficam mais vistosos e enfolhados, prontos para enfrentar, por exemplo, períodos de estiagem e uma maior concentração de pragas.
Mas não é só a aparência da lavoura que chama a atenção. O adubo organomineral pode ser aplicado uma ou, no máximo, duas vezes, ao passo que a aplicação da adubação tradicional precisa ser feita pelo menos três vezes.
Conforme produtores que já usaram o produto, ele pode garantir a redução de 20% nos custos totais com insumos. Isso se reflete, diretamente, na lucratividade do produtor. Outro benefício é que ele fornece uma nutrição mais equilibrada à planta, que fica mais resistente a pragas. O resultado é menos dinheiro gasto com agrotóxicos.
Afinal, o fluxo de caixa dos produtores rurais também é levado em conta. Isso porque a safra iniciou com a expectativa de ótimos preços para o produtor, beirando os R$ 600,00 por saca de 60 quilos. Mas devido ao aumento na produção nacional e mundial, os preços estão seguindo tendência de queda, fechando em R$ 481,25 na semana de 8 a 12 de junho, segundo a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento).
Tipos
O adubo organomineral pode ser aplicado em qualquer tipo de cultura, mas a Terra de Cultivo tem trabalhado com várias opções nas lavouras de café mineiras. Entre eles, estão:
- farelado: entre as suas inúmeras vantagens está a possibilidade de aplicação em dias ensolarados, enquanto que a maioria dos adubos tradicionais deve ser usada em períodos chuvosos;
- peletizado: seu processo de fabricação dá origem ao pellet, que pode ser aplicado de forma mecanizada, além disso, nutre a planta em todo o seu ciclo;
Resíduos viram adubo para lavouras de várias culturas
Mas a Terra de Cultivo também comercializa fertilizantes orgânicos. Só para complementar, ele é fruto de mais de três anos de pesquisas que culminaram numa tecnologia própria de compostagem, transformando resíduos em fertilizantes orgânicos e bioestabilizados.
Aliás, a linha orgânica tem encontrado uma boa aceitação entre os produtores devido à economia e à qualidade da nutrição. A linha é trabalhada pela Terra de Cultivo através da Cultivar Soluções Ambientais, que desenvolveu uma estrutura própria de compostagem.
O que iria degradar o meio ambiente volta para a natureza, auxiliando no crescimento de plantas resistentes.
Sediada em Machado-MG, desde 2010, a empresa Cultivar Soluções Ambientais se tornou referência na cadeia verticalizada e na rastreabilidade dos produtos, sempre em parceria com os órgãos ambientais.
A compostagem funciona da seguinte maneira: os resíduos animais, vegetais e industriais de Classe II-A não inertes são coletados e levados à área impermeabilizada. Em seguida, eles são classificados conforme a origem e composição.
Na próxima etapa, o material é encaminhado para uma área de compostagem, processado e disposto em leiras, que são as pilhas alongadas prontas para o consumidor final.
Assim, além de beneficiar o meio ambiente com a reutilização e a promoção da sustentabilidade, a compostagem gera bons resultados para o produtor.
Nesse sentido, a Terra de Cultivo espera fechar toda a cadeia produtiva do café com a melhor qualidade possível. Afinal de contas, a adubação que segue a esse processo de produção possibilita plantas bem nutridas e resistentes. Com grãos mais vistosos, tem-se uma torrefação mais adequada e, inevitavelmente, um sabor diferenciado da bebida, conquistando o mercado consumidor.
Rentabilidade
Assim, o produtor rural tem as opções de adubos organominerais e orgânicos com maiores chances de aumentar sua rentabilidade a cada safra.
Para complementar, um ensaio experimental realizado pela Agrifort na Fazenda Experimental de Guaxupé (em parceria com a Cooxupé) identificou que a terra tratada com o adubo organomineral da Terra de Cultivo reverteu num lucro de R$ 490,98 por hectare plantado, ainda mais se considerar que se tratou da primeira colheita.
No cenário de incertezas para a próxima safra, devido à crise econômica gerada pela pandemia da COVID-19 e pela bienalidade do café, é importante investir na qualidade da lavoura para alcançar bons resultados.
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