Na última semana, uma decisão da Justiça da Bahia acarretou em sérias consequências para a cantora baiana Daisy Soares. Isso porque, ela entrou com uma ação contra a dupla sertaneja que foi impedida de usar a marca Patroas, já que o nome havia sido registrado por Daisy antes das irmãs e Marília Mendonça montarem o projeto, de grande sucesso nacional. Com a ordem à seu favor, fãs das sertanejas passaram a ameaçar a baiana.
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Recebendo mensagens xenofóbicas e agressivas, a cantora contou em entrevista ao G1 como tem sido sua vida após a decisão da Justiça. Vale lembrar que ainda cabe recurso, no entanto, o escritório WorkShow, responsável pela carreira de Maiara e Maraisa, afirmou que ainda não foi notificado e portanto, não se manifestou sobre o assunto, apenas afirmou que as artistas fazem questão de seguir a Lei.
Enquanto Daisy continua com o reconhecimento por ter registrado a marca primeiro, ela vem sofrendo ataques. "As mensagens privadas são as mais ofensivas. Tem xenofobia, me chamam de nordestina desgraçada, dizem 'tinha que ser do Nordeste' em um tom pejorativo, além de falarem para eu desistir desse nome e entregar a marca", contou.
A baiana ainda falou que o registro pelas sertanejas acabou atrapalhando sua carreira. "Fiquei impedida de ser identificada nas plataformas digitais, porque quando vai buscar uma música minha, aparece logo o álbum delas. No YouTube é a mesma coisa... Olha só o dano que isso está me causando", disse Daisy. "Não tenho nada contra elas. O empresário que não respeitou e utilizou minha marca de maneira indevida, sem meu consentimento", acrescentou.
Antes da Justiça tomar a decisão, ela acabou fazendo uma chamada de vídeo com Maiara e Maraisa e Marília Mendonça, a fim de resolver a questão e contou que a Rainha do Sertanejo foi extremamente compreensiva.
"Ela [Marília] queria conhecer a gente e tentar resolver a situação. Ela era uma pessoas maravilhosa, humana, e não imaginava que atrás da marca tinha uma pessoa física, no caso eu, então Marilia se sensibilizou", revelou.
"Durante a conversa Marília disse que era incontestável, que a marca era minha e o direito era meu. Ela também falou que queria fazer parceria com a gente", contou Daisy sobre a reunião que aconteceu no dia 28 de outubro de 2021, dias antes do trágico acidente aéreo que tirou a vida da cantora.
Em relação ao motivo dela seguir em frente no processo, a cantora disse: "Eu não ia mudar o nome e começar do zero algo que batalhei ao longo de muitos anos. (...) Acredito que aqui na Bahia as pessoas já conhecem a nossa banda e defendem nosso trabalho por uma questão de justiça. É triste ver a raiva de que está me atacando", concluiu.