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Ele exalta a peculiaridade da produção, um musical teatral caipira. “Por onde passamos as pessoas se emocionam”, garante. “É que o espetáculo traz uma memória afetiva ao público. Confesso que não cheguei a imaginar o quão forte seria. Ver a emoção e alegria das pessoas vale toda a dedicação e amor que colocamos nesse projeto. É um dos que tive mais prazer e honra em participar em minha vida. E quem gosta de música sertaneja e caipira tem de vê-lo”.
“Quando terminamos a temporada no Fantástico, pensamos até em fazer um show, um musical, algo que continuasse mostrando a música sertaneja, que contasse a história da música caipira. Ideia na cabeça, corremos atrás de uma empresa especializada em musicais e não deu outra. É um espetáculo leve, gostoso de ver”. A montagem já teve 150 apresentações. Mergulha nas raízes, da década de 1920 até os dias mais recentes.
O repertório traz mais de 50 sucessos de artistas consagrados, como Tonico e Tinoco, Sérgio Reis, Almir Satter, Renato Teixeira, Chitãozinho e Xororó, Leandro e Leonardo, Zezé Di Camargo e Luciano, Gusttavo Lima, entre outros. “A história é bem amarrada, assim como a ideia é manter viva a nossa raiz. A música caipira conta muito a história do nosso país, do que a gente é e de onde começou a nossa raiz. Tem muito disso dentro da música sertaneja. Gosto de dizer que a música caipira faz parte de uma gaveta dentro da sertaneja. Há também o sertanejo universitário e a balada, entre outras, que são gavetas dentro da sertaneja”, define Teló.
O artista começou cantando no Grupo Tradição, do qual fez parte de 1997 a 2008. “Era um grupo de baile de Campo Grande (MT), que tocava 50% de música sertaneja e 50% de vanerão, ritmo que se desenvolveu no Sul do país, além de música paraguaia, um pouco da sanfona gaúcha. Posso garantir que o Tradição teve muita importância na música sertaneja moderna”, ressalta o músico. “Já filmamos este musical no Teatro Municipal do Rio e agora estamos em fase de edição para depois lançarmos um DVD”, revela.
Teló conta que sua carreira de ator começou mesmo durante as suas apresentações no Fantástico e no Grupo Tradição. “No palco, tinha muita marcação, dança, contato com o público. Sempre vivi nesse universo. Para mim, o mais difícil mesmo é decorar o texto”. Ele conta que em julho retorna ao The Voice, almejando o pentacampeonato. “Também estou gravando um projeto novo no segundo semestre, com músicas inéditas. Já estou com umas oito canções prontas. O desafio mesmo é arranjar tempo pra tudo”, contabiliza.
Ele diz que a maior preocupação com o Bem Sertanejo é a formação de plateia, criando um vínculo do público com este tipo de espetáculo. Para isso, a produção oferece sempre duas atividades em todas as apresentações. A primeira é a visita guiada aos bastidores (por meio de inscrição pelo www.bemsertanejomusical.com.br). A outra é uma palestra após a sessão sobre o processo criativo e a concepção do espetáculo.
Além de Teló, o musical conta com Lilian Menezes, Alan Rocha, Daniel Carneiro, Gabriel Manita, Jonas Hammar, José Mauro Brant, Pedro Lima, Rodrigo Lima e Sergio Dalcin. A direção e o texto são de Gustavo Gasparani. O show conta ainda com a cenografia de Gringo Cardia, iluminação de Maneco Quinderé, figurinos de Marcelo Olinto, coreografias de Renato Vieira, direção musical de Marcelo Neves, arranjos e preparação musical de Maurício Detoni e pesquisa musical de André Piunti.
BEM SERTANEJO – O MUSICAL
Sexta (17) e sábado (18), 21h. KM de Vantagens Hall, Avenida Nossa Senhora do Carmo, 230, Savassi, (31) 3209-8989. R$ 250 (mesa setor I), R$ 180 (mesa setor II), R$ 100 (inteira arquibancada, lote I), R$ 50 (meia-entrada arquibancada, lote I), R$ 120 (inteira arquibancada, lote II), R$ 60 (meia-entrada arquibancada, lote II), R$ 140 (inteira arquibancada, lote III) e R$ 70 (meia-entrada arquibancada, lote III)