O Lollapalooza Brasil, enfim, se reencontrou com o público neste fim de semana (25, 26 e 27 de março). O festival foi paralisado às vésperas de sua edição 2020, por conta da pandemia de COVID-19. Quase 2 anos depois, o autódromo de Interlagos pôde receber gente de todos os cantos do país.
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Há aqueles que vieram de mais perto, como da própria capital, ou de cidades nos arredores da região metropolitana de São Paulo. Mas e você? quantos quilômetros estaria disposto a viajar para desfrutar de um dos festivais mais emblemáticos da atualidade?
Algumas pessoas fizeram trajetos bem mais longos, como a Francine, que conversou com exclusividade com o Portal Uai.
Francine saiu do interior de Santa Catarina rumo a Interlagos. Ela tem 27 anos e vive na cidade de Schroeder, com pouco mais de 15 mil habitantes. Ela viajou sozinha para ver a Fresno, banda brasileira que integra o line-up do festival neste ano e se apresentou neste domingo (27/03).
Ao todo, foram 546 km para ver sua banda preferida. Mas isso não abalou a catarinense, que se deu a viagem de presente de aniversário: “A minha viagem é como um presente de aniversário antecipado para mim mesma”, disse Francine. “A Fresno é uma banda que me acompanha desde que eu tinha uns 12, 13 anos. Por mais que a gente cresça e adquira novas referências e outros gostos, eles meio que são a banda da minha vida”, completou.
Apesar de seguir a Fresno pela região sul do Brasil, Francine disse que nunca tinha ido tão longe atrás da banda, que surgiu em Porto Alegre, mas atualmente mora em São Paulo.
“A minha mãe sempre briga, que muitos quilômetros do nosso carro foram rodados atrás da Fresno. Não muito longe, mas eu moro em um lugar estratégico. Uma hora da maior cidade do meu estado (Joinvile), três horas de Curitiba. Mas já fiz umas viagens de 6 a 8 horas de carro, por dentro de Santa Catarina”, relembrou Francine.
Conversando com o público que passeava pelo Autódromo de Interlagos, ouvimos histórias de quem veio dos quatro cantos do país e dos mais variados jeitos: avião, ônibus, carro próprio, carona. Tudo vale para acompanhar os ídolos e diversos artistas de vários gêneros.
A diversidade de regiões, estados, cidades e até países fica evidente. Só no primeiro dia de Lollapalooza Brasil, mais de 100 mil pessoas passaram pelo Autódromo, de acordo com o próprio festival.
Fernando veio de Olinda (PE), a 2.661 quilômetros da capital paulista, com um grupo de 12 pessoas. Aos 32 anos, o pernambucano é um aficionado por música e veio ao Lolla pra ver de tudo, com destaque para The Strokes, que marcaram presença no primeiro dia de festival.
Para ele, o momento é especial, já que é a primeira vez que ele viajou para muito longe, para acompanhar um festival do tamanho do Lollapalooza. “Já tive muita vontade de ir outras vezes, só que não tinha condições financeiras”, disse.
Além de Lolla, Fernando e seu grupão de 12 amigos estão aproveitando a cidade. Alguns, segundo o pernambucano, ainda não conheciam São Paulo. “Antes de ser anunciado o Lolla, já estávamos nos organizando. Maioria nunca tinha conhecido São Paulo. Tá sendo bem legal, porque além do festival, é conhecer outra cultura né? Cidade, pessoas de lugares diferentes. Tá sendo massa”, concluiu Fernando.
Além dos viajantes, solos ou em pequenos grupos, vimos muitas caravans de diversos locais, também. Dezenas de ônibus estacionados no entorno do festival, que trouxeram pessoas de todo país e até de fora do Brasil. A música, realmente, tem o poder de aglomerar.