O show do intervalo da grande final da NFL, a liga de de futebol americano, é um evento a parte e ganha atenção do mundo inteiro. Neste ano, quem comandará o Halftime do Superbowl serão os rappers Eminen, Snoop Dogg, Dr. Dre, Mary J. Blige e Kendrick Lamar.

Ao longo dos anos, muitos artistas já comandaram o intervalo da final, como Beyoncé, Coldplay, Janet Jacskon e Justin Timberlake. Mas a sensação dos amantes do evento é que nada seria do jeito que é, se não fosse a apresentação histórica de Michael Jackson no Halftime de 1993.

Na ocasião, o Rei do Pop se apresentava durante o intervalo da partida entre os finalistas Dallas Cowboys e Bufalo Bills, vencida pelo time de Dallas. Ao todo, a apresentação teve em torno de 15 minutos e deixou o público presente no estádio Rose Bowl, em Pasadena, na Califórnia, perplexo com o nível de execução. Este foi o mesmo estádio no qual a seleção brasileira foi tetracampeã do mundo, no ano seguinte.

Antes de Michael Jackson e depois de Michael Jackson

Podemos dizer que os shows no Halftime se dividem entre antes de Michael Jackson e depois de Michael Jackson. Desde o primeiro Superbowl, em 1967, as atrações eram, em sua maioria, bandas marciais das universidades norte-americanas e pequenos artistas locais, em um clima de ‘fanfarra’.

As superproduções vieram em seguida da apresentação histórica de MJ, que levou ao Rose Bowl um palco gigantesco, sua banda tocando ao vivo e sem playback, e um setlist daqueles, com as músicas: Jam, Billie Jean, Black or White, We Are The World e Heal The World.

A ideia de trazer um artista do naipe de Michael Jackson para o Halftime se deu após a FOX, no Superbowl de 1992, decidir transmitir a série In Living Color durante o horário da partida. O resultado foi uma surra de audiência, o que fez a liga mudar a estratégia.

Don Mischer, produtor do Halftime daquele ano, relatou que chegou a combinar detalhes mínimos da apresentação com Michael por telefone. O Rei do Pop ficou marcado por seu extremo perfeccionismo e criatividade.

“’Eu tenho um conceito pro começo’. E o acordo era: ’A deixa pra soltar a música será quando eu tirar meus óculos’. Quando ele estava no palco era como um general, ele toma o controle, ele comanda. Michael sempre disse tipo: ’Façam eles esperar, você tem que ter controle, para que todos fiquem ansiosos’. Quando você está dirigindo o Halftime Show cada segundo é uma eternidade e eu comecei a gritar: ‘Michael, tira esses óculos’. Mas esse foi o acordo que fiz com ele e eu definitivamente não ia quebrar’”, disse Don para o MJ Beeats. 

Confira a apresentação histórica de Michael Jackson no Superbowl de 1993: