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O PODER DA MÚSICA

Francisco, el Hombre comenta participação em evento político na Argentina

 

A banda Francisco, El Hombre, fundada em 2013, foi convidada pelo ex-presidente Lula para se apresentar na Argentina na última sexta-feira (10/12) durante a celebração do Dia da Democracia e dos Direitos Humanos.


O grupo foi a única equipe brasileira a marcar presença no evento que aconteceu na Plaza de Mayo.

 

O grupo se formou em Campinas e se notabiliza por um som bem dançante e brasileiro, que toca em temas políticos delicados. Sucessos como o de Triste, Louca ou Má, que parou na boca de Juliette Freire, campeã do BBB 21, se juntam a outros sons mais ácidos, como Bolsonada e Tá com Dólar, Tá com Deus.

 

O convite para tocar no ato realizado em Buenos Aires surgiu como uma grande surpresa para o grupo, que recebeu a missão com o coração aberto: "A gente recebeu esse convite para tocar na Festa da Democracia e foi bem em cima da hora. (...) Tocar em uma festa para 250 mil pessoas, uma festa que celebra a democracia, uma festa que celebra a luta contra o fascismo e a luta pela vida, especialmente nesse momento que estamos vivendo no Brasil", disse Mateo, um dos fundadores da banda.


 

A celebração reuniu mais de 250 mil pessoas e contou com discursos de grandes líderes progressistas da política latino-americana, como Pepe Mujica, ex-presidente do Uruguai, Cristina Kirchner, atual vice-presidente da Argentina e Lula, pré-candidato a presidência do Brasil pelo PT. "A gente tava lá para falar do que a gente está vivendo no Brasil nos últimos anos e sobre o que a gente espera do futuro", disse o artista.

 

'Se colocaram a gente com um microfone, é por um motivo'

O posicionamento político por parte de artistas é um tema muito discutido atualmente. Para os integrantes da Francisco, El Hombre, se posicionar de maneira clara é algo que se dá com naturalidade e pode trazer consequências positivas, também:

 

"O posicionamento, pra gente, sempre foi natural.


Existem, sim, oportunidades comerciais se fecham por causa disso, mas isso é muito pequeno frente à quantidade de gente que se junta a nós por dizermos o que pensamos", pontuou o músico.

 

"Quando você bota a cara tapa, você toma tapa, mas mostra ousadia, vontade e tesão por aquilo que você está fazendo. A gente sempre olha pelo lado positivo e agradece muito às pessoas que se juntam a nós", completou.