A cantora Beyoncé costuma ser seletiva para quais revistas fará uma capa, sendo raramente vista em público e lançando álbuns e singles de surpresa nas plataformas de streaming, entregando na maioria das vezes projetos completos: com músicas e até mesmo videoclipes.
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No mês de setembro, o mais importante para qualquer editorial americano por significar a mudança de estações e consequentemente das tendências, ela apareceu na capa com o estilo cowgril, o mesmo que foi tema para o lançamento de sua nova coleção para a marca Ivy Park, em parceria com a Adidas.
Para a surpresa dos fãs, a capa veio acompanhada de uma extensa entrevista, em que dentre as respostas, a artista deixou escapar que está prestes a lançar música nova, querendo fazer parte deste "renascimento" após a pandemia, que afetou drasticamente muitos países. "Com todo o isolamento e injustiça do ano passado, acho que estamos todos prontos para escapar, viajar, amar e rir novamente. Sinto um renascimento emergindo e quero participar da criação dessa fuga de todas as maneiras possíveis", contou.
"Estou no estúdio há um ano e meio. Às vezes, leva um ano para eu pesquisar pessoalmente em milhares de sons para encontrar o bumbo ou caixa certo. Um refrão pode ter até 200 harmonias empilhadas. Ainda assim, não há nada como a quantidade de amor, paixão e cura que sinto no estúdio de gravação. Depois de 31 anos, é tão emocionante quanto quando eu tinha nove anos"
Beyoncé
Em um patamar que muitos artistas almejam alcançar, ela comentou o que acha das redes sociais e como isso influencia as pessoas a viver em uma realidade paralela, escolhendo quais verdades quer ouvir. "Vivemos em um mundo com poucas fronteiras e muito acesso. Existem tantos terapeutas da Internet, críticos de comentários e especialistas sem especialização. Nossa realidade pode ser distorcida porque é baseada em um algoritmo personalizado. Mostra-nos todas as verdades que procuramos, e isso é perigoso", refletiu.
"Podemos criar nossa própria falsa realidade quando não temos um equilíbrio do que realmente está acontecendo no mundo. É fácil esquecer que ainda há muito a descobrir fora de nossos telefones. Sou grata por ter a capacidade de escolher o que quero compartilhar"
Beyoncé
Bey aproveitou para comentar suas inspirações e em quem se baseava para gerir sua carreira e vida artística, tendo fortes influencias de Sade e Prince, que tinham a atenção da mídia voltadas apenas para suas músicas. "Um dia decidi que queria ser como Sade e Prince. Eu queria que o foco estivesse na minha música, porque se minha arte não for forte ou significativa o suficiente para manter as pessoas interessadas e inspiradas, então estou no ramo errado. Minha música, meus filmes, minha arte, minha mensagem – isso deve ser o suficiente", complementou.
"Ao longo da minha carreira, tenho sido intencional em estabelecer limites entre minha persona de palco e minha vida pessoal. Minha família e amigos muitas vezes esquecem do meu lado que é a celebridade de salto agulha até que eles estejam me assistindo atuar. Pode ser fácil se perder muito rapidamente neste setor. Leva seu espírito e luz, e então o cospe para fora. Já vi isso inúmeras vezes, não apenas com celebridades, mas também com produtores, diretores, executivos, etc. Não é para todos"
Beyoncé