Samuel Rosa embalou multidões ao som do Skank, banda brasileira que surgiu durante os anos 90. Ao longo dos 30 anos de existência do grupo, que já anunciou uma pausa nas atividades, diversos sucessos marcaram presença nas rádios, TV e streaming. Para muitos, o Skank é um dos representantes da classe 'rockeira' mas, para Samuel, esta afirmação não está correta.
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Em entrevista para o canal Papo de música, o artista explicou o que pensa sobre o cenário atual do gênero: "O rock se tornou aquilo que ele combatia. Deixou de ser o lugar de transgressão, ou de ter isso como pilar, há muitos anos", disse o frontman da banda mineira para Fabiane Pereira, apresentadora do canal.
Samuel ainda completou e disse o que pensa ao ouvir de outras pessoas que o Skank é uma banda de rock: "Se você falar que o Skank é uma banda de rock, eu digo 'não'. Mas o Skank faz rock brasileiro, que é o que o Gilberto Gil faz, é o que o Mutantes fez”, explicou o músico.
Para ele, o rock está muito mais envolvido com algo dinâmico. O avanço da onda conservadora no gênero parece não agradar o vocalista do Skank: "Rock não é algo parado. É uma categoria em movimento. Então, quando eu vejo o rock indo para esse lado conservador, eu digo 'eu não quero estar nessa prateleira de algo estagnado, dogmático'", declarou.
Sobre o Skank, Rosa abriu o coração e falou sobre a pausa da banda; decisão tomada ainda em 2019, antes da pandemia: "O Skank já tem o jogo ganho. E pra gente, que trabalha com criatividade, isso nos dificulta. O monótono, o cotidiano, ele de, certa forma, te conforta, mas ele também te mata aos pouquinhos, te sufoca… Isso é em tudo na vida. A banda encerrou um ciclo, já mostrou a que veio e não dá, agora, para a gente ficar só em cima do que foi criado", concluiu.
Assista ao papo completo: