Compositor Arlindo Paixão, o Mongol, morre devido a complicações da COVID

Artista, de 64 anos, tomava o coquetel de 'prevenção' do coronavírus, indicado por Jair Bolsonaro, há cerca de um ano

Correio Braziliense 12/05/2021 11:42
Reprodução/Instagram
Arlindo Paixão morreu após complicações em decorrência da COVID-19 (foto: Reprodução/Instagram)
Internado no Hospital da Fiocruz desde 5 de maio, Arlindo Paixão, mais conhecido no meio artístico como Mongol, morreu ontem (11/5) devido a complicações da COVID-19. Há cerca de um ano, o artista de 64 anos tomava o coquetel de “prevenção” do coronavírus indicado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O compositor chegou a tomar a primeira dose da vacina contra a doença em abril.

Parceiro e amigo de infância do Oswaldo Montenegro, Mongol é autor de músicas famosas como Estrela de néon, A vida quis assim, Sempre não é todo dia, Taxímetro, A dama do sucesso, Lume de estrelas, Coisas de Brasília e Agonia, sendo que esta última foi vencedora do Festival da Globo de 1980.

Arlindo participou do grupo comandado por Montenegro, chamado Os Menestréis, e esteve nos musicais A dança dos signos, Léo e Bia e Aldeia dos ventos. Além de compositor, era também ator e participou das peças de teatro O rei do mau humor e Vampiro doidão. Arlindo também fez a trilha sonora dos musicais João sem nome e Brincando em cima daquilo, estrelada por Marília Pêra.

Nos anos 1990 fundou a banda Akundum, dona da música de grande sucesso chamada Emaconhada, que misturava reggae e ritmos brasileiros. Atualmente, Arlindo estava matriculado no curso de psicologia da UniRio e seguia na produção e composição de músicas. Em janeiro deste ano, ele inscreveu a canção Canto para Oyá no Festival de Canto dos Araçás de música on-line e levou o prêmio de “melhor letra”. O compositor deixa esposa, filhos e netos.

MAIS SOBRE MUSICA