Quem vai inaugurar os lançamentos da cena mineira é a banda Young Lights, com o disco Somewhere between here and now, previsto para 12 de fevereiro. O trabalho, possibilitado por meio de financiamento coletivo, é o terceiro de uma discografia que já conta com Cities (2015) e Young lights (2017).
Criada em 2015 pelo vocalista Jay Horsth, a banda cresceu e hoje também é formada por João Paulo Pesce, Bruno Mendes, Matheus Fleming e Henrique Correa. O novo trabalho do grupo foi gravado no projeto Labsonica, do Lab Oi Futuro, no Rio de Janeiro, e tem produção assinada por Bruno Giorgi e Gabriel Ventura.
Das 11 faixas que compõem a tracklist, seis já viraram single ao longo do ano passado: Down river, When you were here, Please, don't die, Pills, It's over… Now e Your gun. Portanto, restam cinco músicas ainda inéditas. A saber: Dancing to a love song, Trouble following me, If only had one from the start, Lost in my head e Dreamer.
No passado, a Young Lights poderia ser descrita como uma banda de folk, agora se parece muito mais com uma banda de rock. Nas novas músicas, os destaques são as guitarras e os arranjos crescentes, cheios de vigor, bastante apropriados para uma formação que consegue fazer jus a isso nos palcos, ao vivo.
ORAÇÕES
Outra artista que prepara coisa nova para este 2021 é Luiza Brina. Recém-aprovado pela Natura Musical, o próximo disco da multi-instrumentista mineira se chamará Prece e será composto por 11 canções-orações.
Aliás, esse é um tema recorrente na carreira da artista. Nos últimos anos, ela lançou Oração 1, Oração 2 e Oração 11. A última delas, Oração 12, integrou o EP Deriva, que Luiza lançou em 2020 e foi gravado em parceria com a cantora baiana Josyara.
“Era uma forma de usar a canção como suporte para me mover daquele lugar. Fiz a primeira sozinha; a segunda com a Julia Branco, e a terceira com o Vovô Bebê. Depois, segui fazendo e gravei mais uma, a Oração 11, que compus com a Brisa Marques'', comenta Luiza Brina.
O novo álbum ainda não tem data de lançamento e será o quarto da carreira solo de Luiza Brina. Integrante da banda Graveola, seu disco mais recente, Tenho saudade, mas já passou, saiu em 2019. Antes disso, ela lançou Tão tá e A toada vem é pelo vento (2012).
Em setembro passado, o cantor e compositor mineiro Nobat lançou o single Cárcere, faixa bastante distinta do universo que ele construiu nos álbuns Estação cidade baixa (2018) e O novato (2015) e no EP Insônia (2014). Declamada e com batidas eletrônicas, a canção gravada em parceria com Giovani Cidreira fazia um comentário sobre a realidade do distanciamento social imposto pela pandemia da COVID-19.
Embora afirme que a música não estará num trabalho futuro, Nobat a descreve como single de transição. “É como se fosse um sinal. Cárcere inaugura o que virá no meu novo trabalho, mas não deve estar nele'', diz. Ele aponta julho como o mês planejado para o lançamento do novo trabalho.
A cantora Nath Rodrigues se prepara para o lançamento de Fio, álbum que sucede Fractal (2019). Multi-instrumentista, cantora e compositora, ela gravou o disco em São Paulo, com a produção de Pedro Cambraia, o Cidoca da Rádio Exodus.
“Temos alimentado essa parceria há algum tempo e percebemos que é possível fazer produções eletrônicas respeitando as raízes da música brasileira. Sem contar que essa é uma maneira acessível de produzir e também de montar um show e rodar com ele”, afirma Nath.
O trabalho terá, a priori, 12 faixas, sendo 10 autorais e duas músicas estrangeiras que a cantora decidiu reinterpretar. “O conceito principal é a conexão, algo que ficou muito evidente para mim durante a pandemia. É um álbum que vai trazer outras línguas, outros ritmos e outra abordagem para o meu trabalho'', diz ela. O disco ainda não tem previsão de lançamento.