Neste ano extremamente complicado para a atividade cultural devido à pandemia, o projeto Natura Musical dá oxigênio para artistas de Minas Gerais. Além de recursos financeiros para realização de propostas, o edital, que completa 15 anos, procura promover a diversidade em sua edição 2021. A seleção tem oito iniciativas do estado, entre projetos solo e coletivos, que dividirão R$ 1 milhão.
“É importante celebrar o legado, a construção ao longo dessa história, tão fundamental para a renovação da cena”, diz Fernanda Paiva, executiva de Cultural Branding da marca. Para 2021, o Natura Musical disponibilizou um total de R$ 8,5 milhões, divididos entre edital nacional e outros com seleções feitas pelos fundos de cultura estaduais, específicos para Bahia, Rio Grande do Sul e Minas Gerais.
Chris Tigra diz que a ideia é promover uma série de ações, “com ateliê aberto e espaço para roda de conversas com artistas, profissionais da música, incluindo mulheres pretas, LGBTQIA+, trans, jovens e anciãs”. A proposta é discutir carreira, mercado e a falta de espaço para as mulheres, segundo Chris.
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“Temos esse novo fôlego, esse simbólico de inclusão, de pautas identitárias sub-representadas historicamente, e isso traz uma projeção de construção de futuro muito bonita, com a força de cultura negra, empoderamento feminino, vozes, expressões artísticas de povos originários”, afirma Fernanda.
Entre os projetos mineiros está a Mostra Negras autoras, residência artística para artistas negras de BH. Criado em 2018, de forma independente, o coletivo ganha fôlego para promover sua edição ampliada em 2021. “É um ano supercomplicado, a gente começou sem saber o que aconteceria com nossas carreiras, contas e criações, porque nossa arte é diretamente ligada ao público”, diz Elisa de Sena, cantora, compositora e integrante do grupo de BH.
“Queremos fazer um grande evento. Estamos muito confiantes de que as coisas irão melhorar, e precisamos desse tête-à-tête, das mulheres juntas, além de incentivar o trabalho das artistas, fomentar a cadeia da arte, de áreas diversas. São muitos técnicos e profissionais, é preciso que a roda gire, com remuneração para essas pessoas”, afirma Elisa.
A Casa Poça, de BH, também foi contemplada. Criada em 2019 por Chris Tigra, Sara Não Tem Nome, Fernanda Polse, Carolina Botura, Maria Moreira e Julia Baumfeld como residência artística feminina, com foco em profissionais do mercado da música, a iniciativa poderá se ampliar.
Ateliê
Chris Tigra diz que a ideia é promover uma série de ações, “com ateliê aberto e espaço para roda de conversas com artistas, profissionais da música, incluindo mulheres pretas, LGBTQIA+, trans, jovens e anciãs”. A proposta é discutir carreira, mercado e a falta de espaço para as mulheres, segundo Chris.
Outros mineiros selecionados foram Coral, Luiza Brina e Mostra Afro Barreiro Alforriado Matias, de BH; O Som dos Campos, de Carmo da Mata; 21° Encontro Cultural de Milho Verde – Paisagens Sonoras do Cerrado, do Serro; e a banda Pássaro Vivo, de Patos de Minas.