Veja como foi o show de Zeca Baleiro, o primeiro da abertura dos teatros em BH

Músico maranhense se apresentou durante quase duas horas para um público de 380 pessoas no Cine-Theatro Brasil Vallourec

Mariana Peixoto 31/10/2020 23:12
Alexandre Guzanshe/EM/D.APress
Show também foi o primeiro de Baleiro em sete meses (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.APress)
“Tá cansada de live, né, minha filha?” Foi em um clima leve e bem-humorado – e cheio de referências à pandemia - que Zeca Baleiro fez neste sábado (31) o primeiro show de teatro em Belo Horizonte em sete meses. A apresentação, no Cine-Theatro Brasil Vallourec, foi híbrida. Houve plateia – 35% da capacidade da sala – mas também transmissão ao vivo pela internet, para todo o país.
 
É como andar de bicicleta – para ele e para o público. “Parece que é a primeira vez”, ele disse, logo após pisar no palco do teatro, ao lado de sua “banda”, o violonista, guitarrista e gaitista Tuco Marcondes. Uma vez iniciado o show, a plateia, no início tímida com as máscaras (“daqui de cima, com todo mundo mascarado, parece que estou num filme de faroeste”), logo se soltou.
 
A despeito do distanciamento entre as poltronas – duas entre cada pessoa; só as laterais do teatro comportaram casais e duplas, que ocupavam uma fileira cada – e da máscara onipresente, passada a segunda, terceira músicas, não havia barreiras.
 
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Distanciamento e máscaras no teatro (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.APress)
A partir de Minha casa, o público passou a acompanhar as crônicas urbanas cheias de sacadas de Zeca. Ela nunca diz fala da garota que já foi cinéfila, “mas agora se contenta com Netflix”.
 
Sucessos com uma pegada romântica – Quase nada, Era domingo – também estavam no repertório. Que teve também uma homenagem a três mineiros – Lô e Márcio Borges e Beto Guedes – com uma versão, só voz e violão, de Equatorial.
 
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Entrega de ingressos foi com distanciamento e acrílico (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.APress)
Zeca conversou com o público. “Tocar pra carro? Me senti num desenho animado”, comentou com uma fã que também o havia assistido em uma apresentação de drive in. Fora do repertório, presenteou Blenda, aniversariante da noite, com Salão de beleza, a pedido dela. 
 
Deu trabalho para o público. Proibida pra mim, do Charlie Brown Jr., que ele gravou e muita gente conhece pela versão de Zeca, foi entoada somente pelo público. Contou ainda da prolífica produção durante a quarentena – foram pelo menos 40 novas canções, em parceria com Flávio Venturini, Zélia Duncan, Vinicius Cantuária. Cantou até uma delas, o poema Distantes e tão próximos, que musicou após recebê-lo no início da quarentena.
 
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Brasilina: 98 anos na primeira fila (foto: Mariana Peixoto/EM/D.APress)
Avisado da presença de Brasilina Nunes Teixeira, uma senhora de 98 anos de Corinto fã do hit Telegrama, Zeca não se conteve. “Como dedicar uma só música? Dedico o show a ela”. Na primeira fila do teatro, dona Brasilina assistiu a homenagem ao lado da neta, Núbia de Paula.
 
Terminado o show, Zeca ainda voltou para o bis. A divertida Toca Raul, acompanhada pela plateia de pé, encerrou a apresentação. “Este cara que é o mito”, ele disse, sem precisar explicar mais nada. 
 
Veja Zeca Baleiro cantando Telegrama
 

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