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Veja como foi o show de Zeca Baleiro, o primeiro da abertura dos teatros em BH

Distanciamento e máscaras no teatro - Foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.APress

“Tá cansada de live, né, minha filha?” Foi em um clima leve e bem-humorado – e cheio de referências à pandemia - que Zeca Baleiro fez neste sábado (31) o primeiro show de teatro em Belo Horizonte em sete meses. A apresentação, no Cine-Theatro Brasil Vallourec, foi híbrida. Houve plateia – 35% da capacidade da sala – mas também transmissão ao vivo pela internet, para todo o país.


 
É como andar de bicicleta – para ele e para o público. “Parece que é a primeira vez”, ele disse, logo após pisar no palco do teatro, ao lado de sua “banda”, o violonista, guitarrista e gaitista Tuco Marcondes. Uma vez iniciado o show, a plateia, no início tímida com as máscaras (“daqui de cima, com todo mundo mascarado, parece que estou num filme de faroeste”), logo se soltou.
 
A despeito do distanciamento entre as poltronas – duas entre cada pessoa; só as laterais do teatro comportaram casais e duplas, que ocupavam uma fileira cada – e da máscara onipresente, passada a segunda, terceira músicas, não havia barreiras.
 
Entrega de ingressos foi com distanciamento e acrílico - Foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.APressA partir de Minha casa, o público passou a acompanhar as crônicas urbanas cheias de sacadas de Zeca. Ela nunca diz fala da garota que já foi cinéfila, “mas agora se contenta com Netflix”.


 
Sucessos com uma pegada romântica – Quase nada, Era domingo – também estavam no repertório. Que teve também uma homenagem a três mineiros – Lô e Márcio Borges e Beto Guedes – com uma versão, só voz e violão, de Equatorial.
 
Brasilina: 98 anos na primeira fila - Foto: Mariana Peixoto/EM/D.APressZeca conversou com o público. “Tocar pra carro? Me senti num desenho animado”, comentou com uma fã que também o havia assistido em uma apresentação de drive in. Fora do repertório, presenteou Blenda, aniversariante da noite, com Salão de beleza, a pedido dela. 
 
Deu trabalho para o público. Proibida pra mim, do Charlie Brown Jr., que ele gravou e muita gente conhece pela versão de Zeca, foi entoada somente pelo público. Contou ainda da prolífica produção durante a quarentena – foram pelo menos 40 novas canções, em parceria com Flávio Venturini, Zélia Duncan, Vinicius Cantuária. Cantou até uma delas, o poema Distantes e tão próximos, que musicou após recebê-lo no início da quarentena.


 
Avisado da presença de Brasilina Nunes Teixeira, uma senhora de 98 anos de Corinto fã do hit Telegrama, Zeca não se conteve. “Como dedicar uma só música? Dedico o show a ela”. Na primeira fila do teatro, dona Brasilina assistiu a homenagem ao lado da neta, Núbia de Paula.
 
Terminado o show, Zeca ainda voltou para o bis. A divertida Toca Raul, acompanhada pela plateia de pé, encerrou a apresentação. “Este cara que é o mito”, ele disse, sem precisar explicar mais nada. 
 
Veja Zeca Baleiro cantando Telegrama