A pandemia de COVID-19 interrompeu os planos de muitos artistas para este ano. É o caso da banda Skank, que depois de 30 anos está chegando ao fim e realizaria uma turnê de despedida. Cada um deles vai seguir com novos projetos e o vocalista, Samuel Rosa, abriu um canal no Youtube. Para a estreia, ele vai fazer uma live em 26 deste mês.
Leia Mais
Marília Mendonça anuncia live com músicas do primeiro DVD da carreiraGospel: Luciano lança trabalho solo inédito em outubroPrêmio Multishow 2020: confira a lista de indicadosOuça 'Welcome back' parceria de Ali Gatie com Alessia CaraJustin Bieber, Sam Smith, Anitta: Confira os lançamentos desta sexta-feira (18)Em entrevista exclusiva para o Portal Uai, Samuel contou sobre os novos projetos da carreira fora da banda. Confira:
Como surgiu a ideia de criar o seu canal no Youtube?
Eu me dei conta que, de certa forma, é muito coerente ter meu canal no Youtube, uma vez que tenho minhas próprias redes sociais separadas do Skank. Nelas, coloco coisas relacionadas à minha carreira, minha vida e o canal do Youtube é um prolongamento disso, mas é uma ferramenta que permite voos mais altos. Posso colocar a versão acústica de uma música, o encontro com outro cantor, banda, intérprete. Coisas que acontecem corriqueiramente na minha vida, mas que não estão atreladas ao Skank e que podem ser de interesse das pessoas que me seguem.
Vou poder entregar esse tipo de conteúdo de forma sistemática, com mais frequência e falando sobre assuntos que eu gosto, como música, futebol, cinema, política. Podemos falar de tudo e os conteúdos musicais propriamente ditos. Como falei, tem muita coisa acontecendo na minha carreira musical que não vem à tona, ou vem por outra ótica que não é a minha. Gosto de poder ter essa possibilidade, a chance de ter a minha narrativa sobre a cena musical brasileira, a história da minha banda, a minha história. Acho que vai ser um barato e bem divertido.
Sobre os vídeos já programados, tem alguma história legal que pode adiantar?
Ainda tem muita coisa pra eu contar, só de Skank são 30 anos, então dá pra imaginar. Na minha carreira musical, trabalhei com inúmeros artistas, fiz músicas com muitas pessoas, fiz mais de 50 feats, participei de músicas com vários artistas.
Vou contar sobre como eu fiz algumas músicas do Skank, falar sobre artistas importantes que me influenciaram desde a infância até os dias atuais. Tem pano pra manga aí, muita coisa pra gente abordar no canal. Vai ser de grande interesse para aquelas pessoas que se interessam pela minha carreira particular, fora da banda. Vai ser um material muito legal, muito rico.
Quais os próximos projetos que você já tem em mente?
A live entra dentro de uma postura que tenho agora que é andar com as minhas próprias pernas. Já vinha pavimentando esse caminho que a gente anunciou no final do ano passado, que o Skank daria uma parada, e vou seguir minha carreira individual.
Então, é natural que eu queira trabalhar com as minhas coisas individualmente, que eu tenha as minhas próprias coisas. Não vou abandonar o Skank, mas também vou ter as minhas como já vinha acontecendo. Só vou incrementar e turbinar esse lado mais individual.
Pode contar um pouco sobre como vai ser o repertório da live?
Na live, pretendo tocar minhas músicas, as que eu compus, boa parte bem conhecida do público. Vamos tocar coisas do Juliano, e pra quem não sabe, ele é da banda Daparte, que é de Belo horizonte, e já está indo para o segundo álbum. A gente selecionou composições dele com os parceiros para a live. E também algumas que vamos interpretar de artistas que a gente gosta, mas é surpresa.
Qual o sentimento que desperta em você ter seu filho lhe acompanhando na live?
O fato de ter o Juliano como convidado é muito simbólico e significativo. Primeiro porque é meu filho, claro, e acompanhei todo o processo dele dentro da música e tomei todos os cuidados para que eu não fosse um agente facilitador no sentido de trazer conforto demasiado, que ele ficasse dependente ou que eu criasse atalhos para ele dentro da música. Eu me policio muito para que isso não aconteça.
Relutei durante muito tempo em apresentar o Juliano musicalmente, porque achava que ele não estava muito preparado. Agora sim, ele está com 21 anos, toca em BH na noite profissionalmente há um bom tempo, já está começando a criar uma bagagem. É um cara que está estudando instrumentos, estuda a voz, trabalha a voz dele. Então, acho que agora ele está pronto, não estou passando carro na frente dos bois.
A live é um pouco fruto da minha aproximação com ele, a gente tem ficado muito junto, tem tocado muito junto. Achei que seria interessante, nunca fiz nada oficial com ele, vai ser a primeira vez. É um momento muito oportuno, esperei o tempo certo, e o Juliano está mais maduro. Vou inaugurar uma coisa muito minha, pessoal e obviamente ter um filho nesse espectro é muito legal. Estou muito animado, empolgado, e acho que as pessoas vão se divertir com este encontro.
Como a pandemia atrapalhou os planos deste último ano do Skank? Vocês pretendem fazer mais alguma live juntos ou alguma despedida?
A pandemia atrapalhou todo mundo, pessoas perderam vidas, parentes, amigos. O que aconteceu com o Skank, em ter os planos adiados, não é nada diante da catástrofe mundial que está sendo, no Brasil principalmente. Então é muito triste.
Com relação ao Skank, o que tinha sido planejado para este ano, a ideia é passar a para o ano que vem, assim que as condições estiverem seguras para realização de shows.
O Skank deve seguir com as lives, já fizemos algumas e estamos preparando mais, e a banda segue preparando esta turnê para o ano que vem. Infelizmente, não pôde ser neste ano, já havia uma adesão bem significativa, casas lotadas por todo Brasil, abrindo segunda-feira em várias capitais. Estava nos animando muito, mas, enfim, quero acreditar que só foi adiado e uma hora vamos poder realizar esta turnê pelo Brasil afora.
*Estagiária sob supervisão da subeditora Kelen Cristina