Em processo de recuperação, o cantor sertanejo Cauan Máximo chegou a ter 75% do pulmão comprometido e ficou 10 dias internado na UTI após contrair COVID-19. Lidando com algumas sequelas da doença, o artista destaca que preservar sua saúde mental foi importante para a melhora.
Cauan foi liberado em 28 de agosto, alguns dias antes do começo da campanha Setembro Amarelo, que se estende ao longo do mês e destaca a importância de se preocupar com o bem-estar psicológico. Em entrevista ao Estadão, o sertanejo contou que o período de internação foi importante, inclusive, para o progresso de sua saúde mental.
"Eu era muito ansioso, melhorei muito nessa parte. Era muito inquieto, mas não podia fazer nada lá dentro, ali desenvolvi algo que me possibilitou melhorar, e não piorar", comenta Cauan. Ele explica que decidiu realizar na UTI um trabalho interno para conseguir "lidar com a situação", o que lhe gerou um "processo intenso de mudança".
Antes da internação, Cauan fazia uso de um remédio para ansiedade e achava que precisava conversar com seu psiquiatra para aumentar a dosagem, pois não sentia mais o mesmo efeito. "Agora quero diminuir", contou ele.
O próprio sertanejo destaca que ouviu histórias de pessoas que tiveram alguma sequela psicológica após a internação, como dependência do oxigênio externo, mas que não foi o seu caso.
"O trabalho psicológico que a pessoa desenvolve ali dentro é muito importante para a recuperação", disse.
Outro desafio para o cantor foi lidar com os efeitos da internação dos seus familiares: seu pai passou 15 dias na UTI, em estado grave, o irmão ficou 11 e sua mãe chegou a ficar internada em um quarto de hospital.
"Eu saí do hospital, meu pai estava na UTI, e eu não sabia. Tive a confirmação quando saí, deixaram que eu o visse na UTI, mas ele nem conseguia falar comigo. Eu saí do hospital mas continuei lá como acompanhante da minha mãe, pra ajudar. Ela teve alta e logo depois meu pai saiu da UTI, então eu fiquei com ele no quarto também", lembra o cantor.
"Eu não me desliguei, não tive esse prazer de levar uma vida normal após a minha alta. Eu tive um alívio maior depois que meu pai saiu da UTI e foi pra casa. Aí fiquei tranquilo, pude retomar uma vida, e a gente tem feito isso há uma semana, retomar aos poucos".
É assim que o cantor explica que sua nova rotina tem sido. Cauan chegou a ter 75% dos seus pulmões comprometidos, e graças à fisioterapia que realizou, ainda no hospital, voltou para casa com um índice de 50% de implicação dos órgãos.
O sertanejo realiza sessões diárias de fisioterapia, assim como seus familiares, e relata melhora. "Eu já consigo fazer uma caminhada, com menos tempo e menos esforço, mas me canso mais rápido."
Perguntado sobre as mudanças que teve na sua vida após a internação, o cantor destaca que avaliou alguns aspectos, principalmente em coisas que dava pouco valor, ou valor demais.
"Comecei a pensar várias coisas de forma diferente, dar valor a coisas que eu não dava, e outras que eu dava mais eu dei o devido valor. Dei mais valor no amor, nas pequenas coisas, na família". O cantor também promete que as mudanças vão aparecer no próximo trabalho da dupla Cleber e Cauan.
"Já estamos em estúdio, queremos lançar um álbum ou EP, buscando essa nova forma de pensar, tem que transmitir verdade no que você faz, então queremos fazer mais músicas de coisas positivas, de amor que deu certo, que o amor pode dar certo", diz ele, complementando que considera importante "não deixar o mercado direcionar a gente".
Para ele, a nova fase tem sido positiva: "Tem sido bom pra mim, tem me tornado mais feliz. O ser humano tem que procurar a felicidade, não seguir o mundo pelo que as pessoas nos impõem".
Refletindo sobre o período que passou com a doença, internado e, depois, sabendo que tinha familiares na mesma situação, ele destaca a importância de ter "fé, persistência e disciplina" para superar as adversidades: "Isso ficou muito forte em mim enquanto vivia isso e vivia isso com o meu pai, que corria risco de vida".
Cauan avalia ainda a importância das pessoas tratarem a COVID-19 seriamente: "O brasileiro gosta disso de socializar, o vírus nos impossibilitou isso, mas logo isso vai passar, deem o crédito que a doença merece, se aguentamos até aqui, vamos segurar o restinho, nos cuidar, nos policiar".
Cauan foi liberado em 28 de agosto, alguns dias antes do começo da campanha Setembro Amarelo, que se estende ao longo do mês e destaca a importância de se preocupar com o bem-estar psicológico. Em entrevista ao Estadão, o sertanejo contou que o período de internação foi importante, inclusive, para o progresso de sua saúde mental.
"Eu era muito ansioso, melhorei muito nessa parte. Era muito inquieto, mas não podia fazer nada lá dentro, ali desenvolvi algo que me possibilitou melhorar, e não piorar", comenta Cauan. Ele explica que decidiu realizar na UTI um trabalho interno para conseguir "lidar com a situação", o que lhe gerou um "processo intenso de mudança".
saiba mais
Spotify lança recurso 'Minhas favoritas da vida'
Cantor Harry Styles, ex-One Direction, adia shows no Brasil
Anitta anuncia participação da rapper Cardi B. no single 'Me gusta'
Amigos de Tio Wilson relembram histórias do baterista da Lagum
Inspirado por governo Trump, 'A casa holandesa' é drama sobre madrasta cruel
O próprio sertanejo destaca que ouviu histórias de pessoas que tiveram alguma sequela psicológica após a internação, como dependência do oxigênio externo, mas que não foi o seu caso.
"O trabalho psicológico que a pessoa desenvolve ali dentro é muito importante para a recuperação", disse.
Outro desafio para o cantor foi lidar com os efeitos da internação dos seus familiares: seu pai passou 15 dias na UTI, em estado grave, o irmão ficou 11 e sua mãe chegou a ficar internada em um quarto de hospital.
"Eu saí do hospital, meu pai estava na UTI, e eu não sabia. Tive a confirmação quando saí, deixaram que eu o visse na UTI, mas ele nem conseguia falar comigo. Eu saí do hospital mas continuei lá como acompanhante da minha mãe, pra ajudar. Ela teve alta e logo depois meu pai saiu da UTI, então eu fiquei com ele no quarto também", lembra o cantor.
"Eu não me desliguei, não tive esse prazer de levar uma vida normal após a minha alta. Eu tive um alívio maior depois que meu pai saiu da UTI e foi pra casa. Aí fiquei tranquilo, pude retomar uma vida, e a gente tem feito isso há uma semana, retomar aos poucos".
'Um novo normal, com sequelas, mas mais tranquilo'
É assim que o cantor explica que sua nova rotina tem sido. Cauan chegou a ter 75% dos seus pulmões comprometidos, e graças à fisioterapia que realizou, ainda no hospital, voltou para casa com um índice de 50% de implicação dos órgãos.O sertanejo realiza sessões diárias de fisioterapia, assim como seus familiares, e relata melhora. "Eu já consigo fazer uma caminhada, com menos tempo e menos esforço, mas me canso mais rápido."
Perguntado sobre as mudanças que teve na sua vida após a internação, o cantor destaca que avaliou alguns aspectos, principalmente em coisas que dava pouco valor, ou valor demais.
"Comecei a pensar várias coisas de forma diferente, dar valor a coisas que eu não dava, e outras que eu dava mais eu dei o devido valor. Dei mais valor no amor, nas pequenas coisas, na família". O cantor também promete que as mudanças vão aparecer no próximo trabalho da dupla Cleber e Cauan.
"Já estamos em estúdio, queremos lançar um álbum ou EP, buscando essa nova forma de pensar, tem que transmitir verdade no que você faz, então queremos fazer mais músicas de coisas positivas, de amor que deu certo, que o amor pode dar certo", diz ele, complementando que considera importante "não deixar o mercado direcionar a gente".
Para ele, a nova fase tem sido positiva: "Tem sido bom pra mim, tem me tornado mais feliz. O ser humano tem que procurar a felicidade, não seguir o mundo pelo que as pessoas nos impõem".
Refletindo sobre o período que passou com a doença, internado e, depois, sabendo que tinha familiares na mesma situação, ele destaca a importância de ter "fé, persistência e disciplina" para superar as adversidades: "Isso ficou muito forte em mim enquanto vivia isso e vivia isso com o meu pai, que corria risco de vida".
Cauan avalia ainda a importância das pessoas tratarem a COVID-19 seriamente: "O brasileiro gosta disso de socializar, o vírus nos impossibilitou isso, mas logo isso vai passar, deem o crédito que a doença merece, se aguentamos até aqui, vamos segurar o restinho, nos cuidar, nos policiar".