Antônio Adolfo, requintado pianista e compositor que entrou para a história da música popular brasileira como pioneiro na produção independente ao lançar o LP Feito em casa, em 1977, está de volta ao disco com o álbum BruMa: Celebrating Milton Nascimento, já disponível nas plataformas digitais.
Ele utiliza este projeto para homenagear Mariana e Brumadinho, cidades mineiras que sofreram danos incalculáveis em decorrência dos desastres ambientais ocorridos em 2019 e 2015 respectivamente.
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Com mais de cinco décadas de carreira, o músico carioca que reside entre o Brasil e os Estados Unidos, é reconhecido internacionalmente como uma estrela do jazz latino. Ele conheceu Milton em 1967 no 2º Festival Internacional da Canção e, desde então passou a sentir nas músicas do cantor e compositor múltiplas possibilidades instrumentais.
“As composições de Milton quebraram padrões harmônicos e rítmicos com seu modalismo, de maneira espontânea e intuitiva. O que fiz foi adicionar a esse repertório meu vocabulário de jazz brasileiro”.
“As composições de Milton quebraram padrões harmônicos e rítmicos com seu modalismo, de maneira espontânea e intuitiva. O que fiz foi adicionar a esse repertório meu vocabulário de jazz brasileiro”.
Sobre a homenagem a Mariana e Brumadinho, o pianista ressalta: “Não sou técnico para falar sobre os detalhes que afetaram o meio ambiente nesses episódios. Mas, para mim, foi um tremendo crime ecológico que matou muitas pessoas, que envenenou o solo e deixou muitos desalojados. Não sei se a natureza, de alguma forma, a natureza, algum dia, vai conseguir se recuperar desses desastres”.
Ele acrescenta: “O título BruMa é para jamais esquecer e sempre respeitar todos. principalmente aos que perderam a vida e aos que viram seus ente queridos partirem, de forma tão brutal”.
Ele acrescenta: “O título BruMa é para jamais esquecer e sempre respeitar todos. principalmente aos que perderam a vida e aos que viram seus ente queridos partirem, de forma tão brutal”.
Em BruMa, Antônio Adolfo tem a companhia de uma super-banda formada por 11 músicos,entre eles o baixista brasiliense André Vasconcellos, o também baixista Jorge Helder e o guitarrista Lula Galvão, que iniciaram a carreira aqui na cidade. O repertório traz clássicos da obra de Milton Nascimento, entre os quais Caxangá e Fé cega faca amolada (feitas com Fernando Brant),Caise e Nada será como antes (compostas com Ronaldo Bastos), além de Tristesse, parceria com Telo Borges.