A cantora panamenha Erika Ender cresceu em uma família multicultural. Filha de uma brasileira com um panamenho-americano e neta de avós europeus, a artista viveu numa casa em que falar e ouvir português, inglês e espanhol era comum. Até por isso, ela tem fluência nos três idiomas e referências de artistas do mundo da música também nas três línguas.
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O primeiro trabalho lançado do disco foi a canção Darnos un dia, música solar que dialoga com o momento atual por falar da busca pela pausa em meio à pressão e à rotina. Tudo isso com aspecto romântico. A faixa seguinte é Até logo, primeiro single em português, que estreou nesta sexta-feira (28/8), em todas as plataformas digitais. A canção trata de um tema mais forte, em que aborda os relacionamentos abusivos e, por isso, tem uma sonoridade mais melancólica.
"Adoro escrever sobre histórias de vida. Não só sobre coisas que me aconteceram, mas também do que observo do mundo. Na música, passo uma mensagem de que a gente pode dar um passo fora desses relacionamentos. Foi uma forma de mostrar para mais gente o que hoje em dia tem acontecido e que, muitas pessoas, em algum momento passaram. Uso a música como um desabafo, uma forma de comunicação", explica Erika Ender em entrevista ao Correio Braziliense.
A canção é uma das inéditas do material que terá Lado A e Lado B, uma referência ao fato do disco ter no título o formato MP3, modo em que atualmente é consumida a música digital, e o 45, que se refere a rotação do vinil.
No primeiro lado, estarão as faixas inéditas, enquanto no segundo terá algumas regravações. "O título do álbum faz referência ao passado e ao presente, e tudo que me fez como artista, compositora e mulher. O lado MP3, que é o A, é um pouco do reflexo da Erika vanguardista. Enquanto, o 45 é um reflexo da clássica, da sofisticada", completa.
No primeiro lado, estarão as faixas inéditas, enquanto no segundo terá algumas regravações. "O título do álbum faz referência ao passado e ao presente, e tudo que me fez como artista, compositora e mulher. O lado MP3, que é o A, é um pouco do reflexo da Erika vanguardista. Enquanto, o 45 é um reflexo da clássica, da sofisticada", completa.
A estratégia da cantora é lançar singles até a liberação completa do CD. O que tem a ver com o novo momento, mas também com o conceito do álbum. "A música tem mudado tanto com o passar dos anos. Cresci num mundo dos singles. Então isso tem a ver com unir o passado e o presente. Há muita dispersão hoje em dia, as pessoas não conseguem parar para escutar", afirma.
Vida pós-Despacito
Em 2017, a vida de Erika Ender mudou. Ela, que já tinha longo período de carreira, passou a ser conhecida pelo mundo todo, graças a parceria em Despacito, hit de 2017 em que trabalhou com Luis Fonsi e Daddy Yanke. "Tem sido muito especial. Eu já tinha uma longa história na música, sobretudo na América Latina. Mas Despacito abriu as minhas portas para todo o mundo", comenta.
Ela também faz questão de celebrar outra marca de Despacito: a quebra de barreiras da canção latina. Ela acredita que a composição teve um papel fundamental na disseminação da música latina pelo mundo. "Demorou, mas, sinceramente, acho que Despacito é responsável por essa quebra. Acho que essa foi a missão da música", avalia.