Esta sexta-feira (21/08) marca uma data mais que especial para os milhares de fãs de Raul Seixas em todo o mundo. O dia marca os 31 anos da morte do cantor, considerado o pai do rock brasileiro. Em 21 de agosto de 1989, o Maluco Beleza deixava este plano, vítima de um ataque cardíaco.
Mas, por mais incrível que possa parecer, mesmo depois de 31 anos, o número de fãs de Raul só cresce. O fato é comprovado nos shows das inúmeras bandas e cantores que fazem cover dele.
Nascido em Salvador (BA) em 28 de junho de 1945, Raul sempre trilhou os caminhos do rock, desde a infância, quando ia para lojas de discos ouvir o estilo, ao invés de assistir as aulas na escola.
Mas ele começou sua carreira mesmo nos anos 60, mais precisamente em 1968, quando lança o disco Raulzito e os Panteras, junatamente com a banda com quem se apresentava na capital baiana. Fortemente influenciados por Elvis Presley, Little Richard e outros grandes nomes do rock da época, eles foram para o Rio de Janeiro, tentar a sorte. Mas as coisas acabaram não acontecendo como esperavam.
A banda volta para Salvador, e aí a sorte de Raul começa a mudar. Depois de conhecer um diretor da gravadora CBS, ele retorna à capital fluminense. Faz grandes amigos, como os cantores Jerry Adriani e Leno, da dupla Leno e Lílian.
O sucesso rondava, mas ainda não seria dessa vez. Raul lança, em 1971, o disco Sociedade da Grã-Ordem Kavernista Apresenta Sessão das 10, juntamente com Sérgio Sampaio, Miriam Batucada e Edy Star. O auge mesmo acontece dois anos depois, quando ele lança aquele que é considerado seu primeiro álbum solo, Krig-ha, Bandolo!. O trabalho tem quatro músicas que se tornariam grandes sucessos: ‘Ouro de Tolo’, ‘Metamorfose Ambulante, ‘Mosca na Sopa’ e ‘Al Capone.’
Exilado aos Estados Unidos pela ditadura militar – ele, aliás, era um dos cantores mais perseguidos pelos militares no Brasil -, juntamente com o parceiro Paulo Coelho, grava Gita (1974) e com o sucesso, volta ao Brasil. No ano seguinte, novo sucesso, com Tente Outra Vez, no disco Novo Aeon.
Anos 80
Nos anos seguintes, alternando problemas com álcool, mudanças dna vida amorosa e outras polêmicas, inclusive chegando a ser confundido com um impostor durante um show, Raul entra na metade da década de 80 em decadência. Faz seu último show em dezembro de 1985. Três anos se passam, até que outro cantor baiano, Marcelo Nova, que já fazia sucesso com sua banda Camisa de Vênus, o ‘resgata.’
Os dois, então, partem para uma ‘pequena’ turnê, que seria de três shows. Com o sucesso, se tornam 50 apresentações, rodando o Brasil. A parceria, inclusive, rende o álbum A Panela do Diabo (1989), que vende 150 mil cópias e recebe disco de ouro.
Morte
Encontrado morto em sua cama, o corpo de Raul foi velado no Palácio de Convenções do Anhembi, em São Paulo. E como não poderia ser diferente, até na hora da morte o cantor passou por polêmicas. Seu velório teve de tudo, de centenas de covers, cantoria, gritos, rezas e tentativa de roubo do caixão. Ele foi sepultado em Salvador, sua cidade natal.
Veja a live do Rock Master, lembrando os 31 anos da morte de Raul: