Léo Santana e MC Du Black aproveitam a quarentena e lançam música

Cantores dizem que o brega-funk 'Proibida para adolescente' tem batida chiclete ideal para embalar dancinhas do TikTok

Fernando Jordão - Especial para o Correio 17/07/2020 07:51
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(foto: Divulgação)
A mistura de funk e pagode baiano rendeu canções que têm feito sucesso nos últimos tempos. Contatinho, de Léo Santana e Anitta, e Sacanagenzinha, de Harmonia do Samba e Ludmilla, são alguns exemplos.

Nesta sexta-feira (17/7), o próprio Léo Santana — que também aparece em Invocada, com Ludmilla — lança mais uma aposta baseada nessa mistura. Proibida para adolescente, uma parceria com o carioca MC Du Black, dono do hit Gaiola é o troco, chega às plataformas de streaming à 0h.

De acordo com os artistas, o brega-funk com batida chiclete é uma canção feita sob medida para esses tempos de isolamento social em razão da pandemia de COVID-19. "A ideia é fazer uma música para os aplicativos de música. É muito mais digital. É um clipe para impulsionar o YouTube dos dois. É mais de dançar, postar no TikTok", definiu Léo, que, aliás, contou ter usado o aplicativo chinês para espairecer em meio à quarentena.

A faixa foi gravada a distância, com Léo em Salvador e Du Black no Rio de Janeiro. Os dois, inclusive, ainda não tiveram a chance de se conhecer pessoalmente, mas afirmaram serem fãs do trabalho um do outro. "Desde que assinei com a gravadora (Universal), um dos nomes que a gente citou para uma provável parceria era o Léo. É um cara 'Gigante' no nome e gigante como pessoa. Estava esperando uma oportunidade", contou Du Black.

"Ele já faz parte do meu repertório, mas a gente nunca tinha se encontrado. Vi como ele vinha crescendo e, sem demagogia alguma, a gente tem que acompanhar o que o mercado está consumindo", emendou o baiano.

Na entrevista coletiva promovida para divulgar o novo trabalho, os dois artistas também exaltaram o brega-funk, ritmo que ganhou força nacional no carnaval deste ano. "Sou um cara muito ousado, gosto de pesquisar, de misturar. Desde o início, quando comandava o Parangolé, já misturava eletrônico, funk com o pagode da Bahia e era uma coisa natural até pelo meu modo de criação. Meus pais sempre ouviram vários tipos de música. Elvis Presley, Michael Jackson, Harmonia do Samba, É o Tchan... era tudo uma mistura", lembrou o Gigante.

"Quando ouvi o brega-funk pela primeira vez, meu produtor falou: ' coloca essa música aqui em algum momento do show que a galera vai pirar'. Meu show veio abaixo de gente fazendo o passinho e cantando", acrescentou.

Du Black, que, antes do funk, já cantou outros gêneros, inclusive pagode, também exaltou a mistura e destacou a presença da dança, marcante no brega-funk: "Tudo o que carrega, com potência, a melodia e a dança tem milhares de condições de estourar".

A canção ainda terá um clipe — também gravado respeitando as medidas de isolamento social — que, segundo Léo, é diferente de tudo o que ele já gravou. Mas o baiano e o carioca reafirmaram que estão mesmo é com vontade de apresentar a faixa ao vivo. "A gente está na ansiedade de o povo curtir e depois da pandemia, com certeza, vamos cantá-la juntos no palco", prometeu o Gigante.

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