Será lançado nesta quarta-feira (15) o Sistema Nacional de Orquestras Sociais (Sinos), iniciativa de capacitação de músicos que atuam em projetos sociais. Resultado de parceria da Fundação Nacional de Artes (Funarte) com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o Sinos terá, em um primeiro momento, uma atuação exclusivamente on-line, em decorrência da pandemia do novo coronavírus.
Mas está prevista para 2021 uma série de atividades presenciais voltadas para orquestras-escola de todo o país. São oito linhas de ação, seis delas virtuais: capacitação para ensino de cordas; capacitação instrumental para jovens músicos; academia de regência; academia de ópera; capacitação para orquestras; e Sinos e-orquestra, com registros em vídeo de apresentações individuais dos músicos.
Duas linhas do projeto serão desenvolvidas presencialmente no próximo ano: apoio a festivais de música e projeto orquestra, com oficinas. “A ideia principal sempre foi a de capacitar professores e não alunos, já que sabemos que, na realidade dos projetos sociais, o aluno mais adiantado dá aula para os iniciantes. Às vezes, eles não fizeram uma capacitação pedagógica”, comenta André Cardoso, professor de regência e prática de orquestra da Escola de Música da UFRJ e um dos coordenadores do Sinos.
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Com a pandemia, o projeto, que começou a ser elaborado no final de 2019, teve que ser readequado para o formato digital. “Neste momento, há uma grande equipe de professores, cada um gravando aulas com um tema específico. Quando a pandemia terminar, a ideia é retomar os cursos presencialmente, com a aula voltada diretamente para alunos”, diz Cardoso.
INSCRIÇÕES
Os interessados em participar do projeto devem se inscrever gratuitamente no site para ter acesso às aulas e ao material complementar (apostilas, cadernos, partituras). “De acordo com a necessidade de um projeto social, um professor poderá dar atendimento a este grupo”, acrescenta Cardoso, lembrando que o virtual complementa o presencial.
“A vantagem é que as pessoas têm acesso ao material em casa e, assim, conseguiremos atender a várias cidades. Já participei de painéis no interior do Pará, por exemplo, e a carência é muito grande.” Mas, para o regente e professor, nada substitui o presencial. “É como o ensino da música tem sido feito há 500 anos, com um atendimento mais individual.”
Cardoso chama a atenção para o fato de que o Sinos já foi realizado no Brasil com outro nome, mas de uma maneira semelhante. “Em 1975, no primeiro ano da Funarte, houve o Espiral, um projeto de ensino coletivo de educação musical de instrumentos de orquestra”, conta. O Espiral durou uma década.
“Temos recursos para o Sinos até 2021. Esperamos que ele seja continuado, não tenha interrupção, como foi o caso do Espiral. Também em 1975 foi criado na Venezuela El Sistema, talvez um dos projetos de maior sucesso do mundo para educação musical. Como lá houve continuidade, o sucesso que El Sistema conseguiu nós não conseguimos com a interrupção”, afirma.