De Annie Lennox aos Rolling Stones, passando por Paul McCartney e Depeche Mode, os grandes astros da música britânica fizeram um chamado para salvar a indústria dos shows e dos festivais, ameaçada pela crise do novo coronavírus.
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Muitos deles deviam se apresentar na temporada dos festivais, cancelada pela pandemia que já deixou cerca de 44.000 mortos no Reino Unido, o balanço mais letal de toda a Europa.
"A cena britânica tem sido um dos maiores sucessos do país do ponto de vista social, cultural e econômico nestes últimos dez anos", destacam os signatários.
Mas sem que se preveja o fim das medidas de distanciamento físico e sem apoio financeiro, "o futuro dos shows e festivais e o futuro de centenas de milhares de pessoas que vivem disso se anuncia sombrio."
"Até que estas empresas possam voltar a trabalhar, o que ocorrerá provavelmente o mais tardar em 2021, o apoio do governo será crucial para impedir quebras em massa e o fim desta indústria de primeiro plano no mundo", acrescentam.
Os signatários pedem uma agenda para a reabertura das salas de concertos com um plano de apoio e o acesso a um dispositivo de crédito, assim como a isenção total do Imposto sobre o Valor Agregado sobre as vendas de entradas para shows.
Segundo um estudo acrescentado à carta aberta, o setor tem 210.000 empregos e suas empresas representaram 4,5 bilhões de libras esterlinas em 2019 (5,6 bilhões de dólares).
A cantora Dua Lipa, "orgulhosa" por ter se apresentado tanto em pequenos locais quanto em grandes palcos, passando por festivais, destacou em um comunicado que a possibilidade para outros artistas britânicos "de seguir o mesmo caminho está em perigo" sem a ajuda dos poderes públicos.
Já Liam Gallagher, "impaciente" por tocar para seus fãs, afirma que é preciso apoiar a indústria dos shows e as pessoas formidáveis que a fazem, "até que possamos voltar a tocar no palco."