Se for tomada como referência o MM, primeiro disco, a carreira de Marisa Monte teve início, oficialmente, em 1989. Dois anos antes, porém, a cantora e compositora carioca soltava a bela voz no show Veludo azul, apresentado em palcos de Rio de Janeiro, São Paulo, além da Itália.
Mas o Brasil só tomou conhecimento dela ao ouvir a interpretação de Bem que se quis, versão de Nelson Motta para E Po’che fa, canção do italiano Pino Daniele, na programação das rádios brasileira e na trilha sonora da novela O salvador da pátria, da TV Globo.
Mas o Brasil só tomou conhecimento dela ao ouvir a interpretação de Bem que se quis, versão de Nelson Motta para E Po’che fa, canção do italiano Pino Daniele, na programação das rádios brasileira e na trilha sonora da novela O salvador da pátria, da TV Globo.
Ao longo de três décadas, a artista produziu e acumulou impressionante e diversificado acervo, incluindo arquivos de audiovisual, partituras e fotografias — tudo devidamente catalogado —, ao qual deu o nome de Cinephonia. A ele recorre ao elaborar novos projetos. “Nesses últimos quatro anos, passei horas envolvida em um tipo de trabalho, completamente invisível aos olhos do público, mas que foi fundamental para que eu tivesse acesso, em um só lugar, a todos os dados produzidos durante minha trajetória”, conta Marisa.
“Em parceria com arquivistas, biblioteconomistas, pesquisadores, restauradores de áudio e vídeo, além de técnicos de informática, reuni uma quantidade enorme de informação, que faz parte de um arquivo virtual, em que está toda minha obra digitalizada, restaurada e organizada”, acrescenta.
“Em parceria com arquivistas, biblioteconomistas, pesquisadores, restauradores de áudio e vídeo, além de técnicos de informática, reuni uma quantidade enorme de informação, que faz parte de um arquivo virtual, em que está toda minha obra digitalizada, restaurada e organizada”, acrescenta.
Foi desse acervo virtual que a cantora trouxe o registro de Memórias I — ao Vivo, que tem por base o CD lançado em 2000, durante turnê nacional, que passou por Brasília. “Depois de passar um ano e meio na estrada com a tour do disco Memórias, crônicas e declarações de amor, desembarcamos no Rio de Janeiro para as filmagens do DVD em junho de 2001. O show era visualmente lindo, tinha como cenário uma escultura de Ernesto Neto e projeções que criavam um efeito psicodélico”, lembra.
Memórias I traz, entre as 17 faixas, três músicas inéditas na voz de Marisa: Acontecimento (Hyldon), o clássico Ontem ao luar, de Catulo da Paixão Cearense, e a autoral A sua. A elas se juntam, entre outras, Eu te amo, eu te amo (Erasmo e Roberto Carlos), que abre o repertório, O que me importa (Cury), Para ver as meninas (Paulinho da Viola), Eu sei (Marisa Monte), Amor I love you (Marisa Monte e Carlinhos Brown) e Paradeiro (Marisa Monte, Arnaldo Antunes e Carlinhos Brown.
Memórias I — Ao Vivo
Álbum de Marisa Monte. Lançamento Phonomotor/Sony Music, 17 faixas. Disponível nas plataformas digitais.