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QUARENTENA

Affonsinho enfrenta o coronavírus com sua música alto astral



O show tem de continuar. Depois de um enorme susto, quando se viu obrigado a cancelar apresentações por causa da pandemia, o cantor, compositor e guitarrista mineiro Affonsinho buscou força nos fãs para seguir em frente.



A tristeza bateu forte quando o isolamento social foi decretado. “Fiquei muito triste na época, uma vez que nós, artistas independentes, não temos patrocínio e conseguimos fazer poucos shows. Se esses poucos são cancelados, é muito complicado”, comenta.

“Fiquei vendo as notícias, meio assustado. Nem fiz lives nas duas primeiras semanas. Estava compondo antes da pandemia, já tinha começado a fazer algumas canções, mas parei. Me deu um bloqueio. Deixei uns cinco ou seis pedaços de músicas prontos”, relembra.

Porém, o astral começou a mudar quando ele fez o primeiro show on-line ao vivo. “Aquela live teve um resultado legal, muitas pessoas me disseram que gostaram.” Graças aos fãs, ele não desistiu. “Muita gente me escreveu dizendo que as músicas eram alto astral, que a minha live alegrava o domingo delas e ajudava a começar bem a semana, trazendo esperança neste momento difícil.”



De lá para cá, Affonsinho apresentou 10 lives. Ele tem aproveitado o isolamento para compor, estudar, tocar, ler, ver filmes, ouvir música e curtir a família.

“Não sei como será o planeta quando acabar esse negócio nem quando acabará a pandemia. Adoraria fazer shows. Tomara que possamos voltar, mas não sei, temos de esperar para ver como será o mundo. Está estranho, temos de viver um dia depois do outro, mesmo sem entender o que está rolando.”

Affonsinho lançou 14 discos autorais e dois de releituras. “Cinco deles pelo selo Dubas, do compositor Ronaldo Bastos, no Brasil e no Japão. Os japoneses continuam comprando”, comenta. No ano passado, ele lançou o DVD Outros outros, com a participação das cantoras Bárbara Barcelos e Lívia Itaborahy.

Preocupado com o futuro diante da crise imposta pelo coronavírus, Affonsinho chama a atenção para a necessidade de amparar os trabalhadores da cultura. “Quem que vive daquele dinheiro do bar, as equipes que trabalham no palco, como roadies, operadores, iluminadores e montadores, está passando muito aperto. Tudo se complicou pra todo mundo, mas ficou ainda mais complicado para eles”, adverte.