Leia Mais
As Bahias e a Cozinha Mineira lançam EP com inéditasFlávio Venturini faz live sobre canções que marcaram época; Lobão também se apresentaAdiamento da turnê de Elton John gera prejuízo de quase R$ 400 milhões Berlin Music Video Awards: brasileiro fatura prêmio de melhor diretor de arteCinema drive-in tem início hoje com duas sessões em AlphavilleBrasil terá representante no Festival de CannesSimoninha celebra a negritude no projeto Na minha quarentenaNo fim de abril, na Noruega, a banda de hip-hop Klovner I Kamp fez show para a plateia dentro de carros, com uma vaga de estacionamento de distância entre eles. A estrutura do palco, com luzes e fumaça, remetia a grandes concertos para multidões dançantes, como o grupo costumava apresentar antes do coronavírus.
Dias depois, na Dinamarca, o cantor e compositor de pop-rock Mads Langer optou por uma versão mais compacta desse tipo de evento. No palco, sozinho, apresentou-se com violão e teclado para carros estacionados a bons metros uns dos outros.
A adesão foi tamanha que a Live Nation anunciou a série de shows com diversos artistas chamada Drive-in live, que passará por quatro cidades dinamarquesas durante o verão europeu. Para se ter uma ideia, até o estacionamento do aeroporto de Copenhague vai virar espaço para apresentações musicais.
A tendência chegou à Alemanha no começo de maio, quando uma casa noturna fez três edições de raves drive-in, com ingressos esgotados para todas as noites.
É provável que ocorram eventos semelhantes no continente europeu durante os próximos meses. Principalmente entre junho e setembro, durante o verão no hemisfério norte, época em que ocorre o maior número de festivais de música por lá.
EUA
O cantor Travis McCready encontrou uma solução criativa: permitir plateia bastante inferior à capacidade total do local. Tocando no Tample Live, no Arkansas, o músico fez apresentação solo para 229 pessoas. Originalmente, o local comporta até 1 mil. Além disso, os espectadores foram separados em grupos com um metro de distância. Todos tiveram a temperatura medida na entrada do evento e foram obrigados a usar máscaras durante a apresentação.
É bom lembrar: muito embora ajude a amenizar os prejuízos de artistas e casas de shows durante a pandemia, esse modelo é viável apenas para eventos de pequeno e médio portes.
No Brasil, a tendência deve chegar, em breve, a São Paulo. O Allianz Parque, estádio do Palmeiras, promete promover, nos próximos dois meses, eventos dessa natureza. Com programação ainda não anunciada, o Arena Sessions contará com exibição de filmes, shows e palestras.
“A previsão, de início, depende da liberação da licença para operar nesse formato, que deve vir junto do relaxamento do isolamento social, que, obviamente, obedecerá a todas as recomendações da OMS e autoridades de saúde”, informa o texto postado no site do Arena Sessions.
“As sessões contarão também com serviços de alimentação que poderão ser solicitados de dentro do veículo, sendo entregue na janela do carro E evitando qualquer tipo de contato”, diz o comunicado.
Na semana de estreia, a ideia é reproduzir clássicos do cinema. A princípio, o preço dos ingressos não é nada atraente: as sessões devem custar de R$ 95 a R$ 150 por veículo, dependendo da atração em cartaz. Os eventos devem receber até 300 veículos.
BH
Em Belo Horizonte, ainda é incerta a previsão de retomada de shows e concertos. Em relação a cines drive-in, a empresa Autocine Brasil se adiantou e pretende instalar o modelo na capital mineira o quanto antes. Serão seis unidades espalhadas pela região metropolitana – BH (duas), Contagem, Betim, Nova Lima e Brumadinho. Os filmes em cartaz e os valores ainda não foram divulgados.
Apesar disso, o prefeito Alexandre Kalil publicou, no início de maio, decreto que proíbe, por tempo indeterminado, todos os eventos no modelo drive-in. O documento suspende a realização de festas, comemorações, exposições e outras atividades que reúnam pessoas dentro de carros estacionados em espaços públicos ou privados.
ROUPA DO FUTURO?
A roupa ideal para frequentar shows ao vivo no mundo pós-coronavírus talvez não seja mais aquela camiseta de banda, mas um traje de proteção para dificultar os riscos de contaminação.
A empresa californiana Production Club projetou o protótipo Micrashell, que inclui capacete e sistema de filtragem do ar. A premissa é permitir que as pessoas frequentem locais com aglomeração sem violar as diretrizes de distanciamento social.
A roupa conta com headphones e um “sistema de suprimento”. Ele oferece um cartucho por meio do qual o usuário pode fumar e conectar bebidas, consumindo-as sem remover o traje.
“Micrashell é uma solução para aproximar as pessoas com segurança. Isso permitiria que espaços e eventos musicais continuassem funcionando sem a necessidade de distanciamento social”, disse Miguel Risueno, chefe de invenções da empresa, em entrevista à NBC.
“As pessoas ainda querem festejar e ignoram as medidas de distância social. Com a nossa solução, estamos tentando disponibilizar espaço para todos”, explicou Risueno.
No melhor estilo “steam-punk pós-apocalíptico”, Micrashell se assemelha a um traje espacial, porém em cor néon.