Após muita antecipação e forte expectativa, o aguardado álbum de Lady Gaga foi apresentado ao mundo: Chromatica é o sexto disco de estúdio solo da cantora e conta com 16 faixas. O novo trabalho marca um retorno de Lady Gaga as canções mais pops, as influências da música eletrônica e o visual excêntrico estão de volta.
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As referências eletrônicas e eurodance também são marcantes. A base das músicas, que vinha tendo uma roupagem mais delicada, tanto no trabalho ao lado de Tony Bennett, como em Joane -- álbum lançado em 2017 que flerta com o folk, alternativo e pop melódico --, assume um posto como música de pista de dança. As bases rítmicas são, em sua maioria, sintetizadas, com samples, como em músicas de Djs feitas para dançar e divertir.
Conceito de Chromatica
Apesar de uma volta à origem, é possível entender o amadurecimento de Lady Gaga como artista. Um conceito consistente que perdura pelo álbum. Interlúdios, marcados pelas faixas Chromatica I, II e III, separam o álbum em tons diferentes, porém que seguem a mesma linha de raciocínio.
É possível ainda encontrar a experimentação e o conceitual em partes do disco. Ouvir hits mercadológicos em outros momentos e também curtir canções como Enigma, que lembram a Lady Gaga que conquistou o mundo pop no fim dos anos 2000 e início dos anos 2010.
As participações também são um ponto alto do álbum. Como já antecipado em um vazamento e também com os primeiros lançamentos de singles, Ariana Grande assina a música Rain on me; as estrelas do k-pop BLACKPINK fazem uma festa com Gaga em Sour candy; e Elton John divide os microfones com a cantora em Sine from above. As três participação são de muito peso, pois não só angariam fãs dos outros artistas, como também representam o passado, com o Rocketman, o presente, com Grande, e o futuro da música pop, com o girlgroup coreano que vem se popularizando cada vez mais no ocidente.
Chromatica vem ao mundo mostrando o lado pop de Lady Gaga, mas a cantora já não é mais a mesma que estourou com visuais polêmicos no começo dos anos 2010. Consolidada no mercado, de 2017 para cá, a artista se apresentou em um intervalo de Superbowl, ganhou Grammys, atuou em Nasce uma Estrela, filme sucesso de crítica pelo qual levou com a música Shallow todos os prêmios possíveis, incluindo o Globo de Ouro e o Oscar, além de ter sido indicada em todas as premiações de atuação e ter levado o Critic Choice Awards de Melhor atriz.
O lançamento mostra que Lady Gaga ainda é capaz de fazer a música pop que a mostrou ao mundo, mesmo tendo seguido caminhos muito diferentes nos últimos três anos. A cantora é pop a ponto do site especializado em música Consequence of Sound escrever um editorial falando que ela já deve ser considerada uma estrela no mesmo nível de Cher e Barbra Streisand.
*Estagiária sob supervisão de Adriana Izel