Mônica Salmaso faz sarau on-line

Cantora 'recebe' amigos, em encontros virtuais

Estado de Minas 04/05/2020 08:23
Dani Gurgel/divulgação
Mônica Salmaso canta com amigos no Instagram (foto: Dani Gurgel/divulgação)


“Ô de casa!”. A simpática expressão anuncia a visita que, às vezes de surpresa, chega para papear, trazer notícias ou se juntar em uma roda de música. Em tempos de pandemia, essas reuniões são desaconselhadas para evitar a propagação do novo coronavírus. Mas a cantora paulistana Mônica Salmaso continua “recebendo” amigos em sua “sala” no Instagram.

Duetos virtuais para lá de animados compõem a série Ô de casas, publicada pela cantora no endereço @monicasalmasooficial. Até o fim de semana, quatro dezenas foram compartilhados. “Queria oferecer algo de bom para as pessoas neste período difícil que estamos passando. Decidi não fazer live, pois não toco nenhum instrumento harmônico. Fazer algo sozinha não seria interessante, por isso chamei os amigos”, explica Mônica, que teve a ideia depois de uma participação improvisada na live do cantor e compositor fluminense Alfredo Del-Penho.

O marido de Mônica, o músico Teco Cardoso, sugeriu que os vídeos fossem registrados como se ela e o convidado estivessem olhando para o outro, para dar a sensação de interação. Cada um grava em casa. Com a ajuda do programa iMovie, é possível sincronizar imagens, vozes e instrumentos.

Mônica já recebeu Alfredo Del-Penho, Guinga, Teresa Cristina, João Camarero, Luciana Rabello, Moacyr Luz, João Cavalcanti, Pedro Miranda, Rolando Boldrin, Ná Ozzetti e André Mehmari, entre outros. A série atravessou o Atlântico. Com o pianista português Mário Laginha, a cantora dividiu Mãos na parede, composição dele.

Isolada no sítio da família em Sarapuí, no interior de São Paulo, ao lado do marido e dos filhos, Mônica não tem a menor ideia do que ocorrerá com o mercado da música. Antes da quarentena, ela tinha três projetos em andamento: a turnê do disco Caipira, um show em homenagem a Elizeth Cardoso e o lançamento de um disco gravado com Teco, Guinga e Nailor Proveta, no Japão. “Não faltam projetos. Mas agora é esperar”, afirma a cantora.

O compositor João Cavalcanti elogia a iniciativa. “Mônica é uma das maiores cantoras do Brasil. Ao se expor tão despida da qualidade técnica que um estúdio oferece, e com tanta sensibilidade, ela mostra que o conteúdo é o que importa, mais do que o invólucro”, diz. (Estadão Conteúdo)

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