“Eu sou um pássaro que vivo avoando / Vivo avoando, sem nunca mais parar / Ai ai, ai ai saudade, não venha me matar”. Responsável por dezenas de letras que o Brasil sabe na ponta da língua, como essa, de Preta, pretinha, Moraes Moreira seguirá “avoando” na saudade e na memória dos fãs.
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Moreira participou de cinco álbuns de estúdio com o grupo:É ferro na boneca (RGE, 1970), Acabou chorare (Som Livre, 1972), Novos Baianos F.C. (Continental, 1973), Novos Baianos (Continental, 1974) e Vamos pro Mundo (Som Livre, 1974). O segundo da lista se consagrou como um dos mais importantes da música brasileira, pela original mistura de ritmos regionais e samba com o rock psicodélico, sob letras inconfundíveis. Em 2007, numa votação da revista especializada Rolling Stone dos ‘100 maiores discos da música brasileira’ Acabou Chorare ficou em primeiro lugar.
Moraes Moreira tem participação fundamental, nos arranjos, versos e vozes. Apenas as letras de Brasil pandeiro e Um bilhete para Didi não foram compostas por ele. O repertório tem alguns refrões inesquecíveis, como “Por que não viver / Não viver esse mundo? / Por que não viver / Se não há outro mundo?, de Besta é tu, e “Eu ia lhe chamar, enquanto corria a barca”, de Preta, pretinha. Relembre as sete faixas compostas por Moreira:
- Preta Pretinha (Luiz Galvão / Moraes Moreira) 6:40
- Tinindo trincando" (L. Galvão / M. Moreira) 3:26
- Swing de Campo Grande (Paulinho Boca de Cantor / L. Galvão / M. Moreira) 3:10
- Acabou Chorare (L. Galvão / M. Moreira) 4:13
- Mistério do Planeta (L. Galvão / M. Moreira) 4:24
- A Menina Dança (L. Galvão / M. Moreira) 3:51
- Besta é Tu (L. Galvão / Pepeu Gomes / M. Moreira) 4:26