Responsável pelo inconfundível solo de Aqualung, Martin Barre toca em Belo Horizonte nesta terça-feira (10) para celebrar os 50 anos do Jethro Tull, banda britânica que contou com seu talento na guitarra por mais de 40 anos. Ele vem acompanhado por Dee Palmer, tecladista e ex-companheiro no grupo, além do convidado especial Adam Wakeman, tecladista do Black Sabbath e de Ozzy Osbourne e filho do também tecladista Rick Wakeman, do Yes.
A proposta da turnê mundial Martin Barre celebrates 50 years of Jethro Tull, que alcança agora a América Latina, é uma apresentação de duas horas, revistando os principais sucessos do Jethro Tull, cujo primeiro álbum, This was, foi lançado em 1968. “Sou orgulhoso de todas as épocas do Tull, todas estarão representadas”, disse Barre ao Estado de Minas. Pelo repertório apresentado nos shows em São Paulo, na última quinta (5), em Curitiba, na sexta (6), e no Rio de Janeiro, no domingo (8), o público belo-horizontino pode esperar clássicos como Locomotive breath, Songs from the wood, além, é claro, de Aqualung.
Com um estilo de rock muito próprio, entre o folk e o progressivo, o Jethro Tull se dissolveu em 2011, quando o vocalista e flautista Ian Anderson passou a se dedicar exclusivamente à sua carreira solo. Barre, que já tinha seu projeto pessoal há mais tempo, aproveita o momento para celebrar a obra da banda de maneira particular, onde seu instrumento ganha destaque especial em relação às versões originais, nas quais a flauta de Anderson é marcante.
“Quando analisamos a música, Jethro Tull tem a guitarra como instrumento central. É assim em Aqualung, em Benefit, tudo está envolvido pela guitarra, então é muito forte reviver isso, com incríveis bateristas, como Darby Todd, e tecladistas, como Dee Palmer e Adam Wakeman. Tudo soa muito bem e não sinto falta de nada. Quando examinamos a música com profundidade, a guitarra é o mais importante”, diz Martin, que terá ainda a companhia de Dan Crisp nos vocais.
SEPARAÇÃO
Vale lembrar que a relação de Barre com Anderson teve seus abalos depois do fim do Jethro Tull. Barre declarou que não se comunicava com o ex-parceiro e que eles seguem rumos diferentes. No mês passado, Anderson publicou um comunicado em nome do Jethro Tull, sobre o qual possui os direitos autorais, esclarecendo que apresentações dos ex-membros da banda, ainda que com repertório inteiramente dedicado a ela, não configuram “um show do Jethro Tull”.
O texto cita a turnê de Barre, de maneira elogiosa, mas esclarecendo que é um show do guitarrista com sua banda pessoal. Ian Anderson virá ao Brasil ainda neste ano, com sua própria turnê dedicada à obra do grupo, sem data marcada em BH.
Sem alimentar polêmicas, Martin diz: “A coisa mais importante, eu penso, é rever os amigos e fãs que fiz na América do Sul ao longo de tantos anos tocando aqui. Estou muito feliz e ansioso por essa experiência, até por estar ao lado de grandes músicos. O público vai adorar e pode esperar uma apresentação muito poderosa”. Reconhecido como um dos grandes “heróis da guitarra” remanescentes no rock mundial, ele garante seguir “aprendendo e improvisando”. “O mais importante é que eu amo a guitarra, hoje mais do que nunca.”
Martin Barre celebrates 50 years of Jethro Tull
Show nesta terça (10), às 21h, no Sesc Palladium (Rua Rio de Janeiro, 1.046). Ingressos: entre R$ 60 e R$ 200, à venda na bilheteria local e pelo site Ingresso Rápido. Mais informações: (31) 3270-8100.
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