Foi em Minas Gerais que Mart’nália estreou a turnê que celebra a obra de Vinicius de Moraes (1913 – 1980), resultado do álbum que lançou no começo do ano. Em abril, a cantora, compositora e percussionista esteve em Varginha, no Sul do estado, se apresentando pela primeira vez. “A gente decidiu começar por ali porque era um lugar em que eu nunca tinha ido. O disco já tinha saído e decidimos arriscar. Tocamos todo o repertório, banda completa. Foi ótimo. O público recebeu superbem. Agora, estamos de volta a Minas”, celebra a artista, que se apresenta nesta sexta (22), no Grande Teatro do Palácio das Artes.
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A artista carioca, de 54 anos, era criança quando o Poetinha surgiu na sua vida. Amigo do pai, era natural ouvir as suas canções pela casa. Enquanto Martinho assobiava clássicos como Insensatez, a mãe, quando ficava zangada, mandava os filhos pra Tonga da Mironga do Kabuletê. “Tenho essa memória afetiva. Vinicius está presente na minha trajetória desde sempre. E ao longo da minha carreira ele também, vira e mexe, aparecia”, comenta.
Além de ter gravado os sambas Sei lá, para o documentário Vinicius (2005), de Miguel Faria Jr.; e Pra que chorar, tema de abertura da novela global Babilônia (2015), de Gilberto Braga, Mart’nália participou de um festival no Rio em que só interpretou canções do autor de Samba da bênção. Mais recentemente, acabou fazendo um show em que reuniu canções dele e de Noel Rosa.
“E aí achei que vinha a calhar fazer um disco só com canções dele. Praticamente todo mundo já gravou Vinicius. Então, eu tinha que trazer algo novo. Fui atrás de músicas que tinham a ver comigo, que ficavam mais fáceis de cantar ou se encaixavam melhor com minha voz. É um trabalho com uma pegada bem carioca”, explica.
O repertório do projeto – que tem produção de Celso Fonseca e Arthur Maia, que morreu antes de o trabalho ser lançado – traz 14 faixas. Entre elas, Minha namorada, Eu sei que vou te amar, Onde anda você, Canto de ossanha, Deixa e Maria vai com as outras. Todas interpretadas com a malemolência e o jeito único de Mart’nália.
O show vai além do disco e traz outras composições de Vinicius de Moraes, como Mulata do sapateado, Sei lá e Pra que chorar. “Também vou cantar algumas das minhas músicas. Mas é surpresa”, antecipa.
Sucesso fora
A cantora e compositora celebra a boa repercussão do disco e também da turnê que está percorrendo as principais cidades do país e ainda passou por alguns países da Europa, como Suíça, França, Portugal, Irlanda e Suécia. “Lá fora adoram a nossa música e, claro, amam o Vinicius. Temos alguns shows programados para este ano ainda no Brasil e já para o começo de 2020, como no Circo voador, no Rio. Vão chamando e a gente vai indo”, destaca.Mart’nália estará acompanhada de sua banda, formada pelos músicos Jorjão Barreto (vocal e teclados), Humberto Mirabelli (violão e guitarra), Rodrigo Villa (contrabaixo), Flávio Santos (bateria), Macaco Branco (percussão) e Analimar Ventapane (vocal).
Show Mart’nália canta Vinicius de Moraes
Hoje (22), às 21h, no Grande Teatro do Palácio das Artes (Av. Afonso Pena, 1.537, Centro. (31) 3263-7400). Ingressos: Plateia I: R$ 160 (inteira) e R$ 80 (meia); Plateia II: R$ 130 (inteira) e R$ 65 (meia) e Plateia superior: R$ 100 (inteira) e R$ 50 (meia). Vendas: bilheteria do teatro e pelo site www.ingressorapido.com.br
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