O maestro indiano Zubin Mehta, de 83 anos, regeu seu último concerto no domingo passado (20), em Tel Aviv, como diretor da Filarmônica de Israel. Ele deixa o cargo depois de 50 anos. No ano passado, Mehta foi diagnosticado com câncer e atualmente ele se recupera de uma cirurgia para retirada de um tumor. Mehta subiu ao palco do eatro Charles Bronfman com o auxílio de uma bengala e dirigiu a orquestra sentado. A plateia, que lotou o teatro, o aplaudiu por um longo tempo.
"O que essa orquestra me deu, me ensinou, não apenas esta geração (de músicos), mas todas as anteriores ei não posso descrever", disse o maestro, profundamente comovido, durante o intervalo do programa, que inclui o Concerto para piano número 2, de Liszt, e a segunda sinfonia de Mahler, Ressurreição. "Eu não entendo direito o que está acontecendo. Provavelmente vou tomar consciência de tudo hoje à noite, no voo para Los Angeles".
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Álbum de Paulo Serau ganha tratamento de orquestraLara Aufranc canta sobre o nó das relações em seu segundo discoTetine chega ao 20º álbum fazendo música com o espírito do tempoNo final do concerto, Zubin Mehta e sua esposa receberam colares de flores, numa referência às origens indianas do regente. O maestro também recebeu o título de Diretor Musical Emérito da orquestra, que agora ficará a cargo do israelense Lahav Shani, de 30.
Zubin Mehta foi nomeado consultor musical da Orquestra Filarmônica de Israel em 1969. Tornou-se diretor artístico em 1977, cargo conferido de forma vitalícia em 1981. Ele regeu a orquestra em mais de 3 mil concertos em Israel e em outros países de todos os continentes, segundo sua biografia oficial.
Ao longo de sua extensa carreira, Mehta também foi diretor musical das orquestras filarmônicas de Los Angeles e Nova York. Nascido em Mumbai, na Índia, em 1936, é filho de Mehli Mehta, que fundou a orquestra sinfônica de Bombaim. Com seu irmão Zarin, Zubin Mehta é codiretor da Mehli Mehta Music Foundation em Mumbai, que ensina música clássica ocidental para crianças.