Pela 1ª vez, um DJ brasileiro, Alok, toca no palco Mundo do Rock in Rio

Nessa sexta, Alok estreou o Palco Mundo com espetáculo digno de Olímpiada. Alok cumpriu o papel de primeiro DJ brasileiro a tocar no Palco Mundo, a mega estrutura principal do festival

28/09/2019 07:30

Não deixa de ser sinal dos tempos que a primeira atração do Rock in Rio seja um DJ: o goiano Alok Achkar Peres Petrillo, de 28 anos, abriu a 20.ª edição com um show de luzes desenvolvido por equipes que trabalharam na Olímpiada do Rio em 2016.

Nesta sexta, Alok estreou o Palco Mundo com espetáculo digno de Olímpiada. Alok cumpriu o papel de primeiro DJ brasileiro a tocar no Palco Mundo, a mega estrutura principal do festival.

Abusando dos drops de beat (em que o DJ faz uma espécie de contagem regressiva com a batida da música), o goiano mistura criações próprias, como o sucesso Hear Me Now e a canção Ocean, com remixagens simplificadas dos grandes hits de muita gente: Corona, Cranberries, David Guetta (numa homenagem ao primeiro DJ a ocupar aquele espaço, há 4 anos), Goodwill (outro DJ da cena global da qual Alok surgiu), Pink Floyd, Guns n Roses, Bon Jovi, Red Hot Chili Peppers, Talking Heads, New Order, Lil Nas X, Rihanna, Lil Pump e Kanye West, System ofna Down, The White Stripes (ele faz o público cantar "eu não vou embora" ao som de Seven Nation Army) e até Benny Benassi (Satisfaction talvez seja a música mais manjada do dance/eletrônico do século 21).

Na segunda metade do show, passa rápido pelo funk brasileiro (Cidinho e Doca) e pelo Legião Urbana antes de voltar para o roteiro. Oasis (sim, Wonderwall) e Queen (sim, We Will Rock You e We Are The Champions).

Reprodução/Instagram
(foto: Reprodução/Instagram)

Os drop beats, característica do Eletronic Dance Music (tipo de eletrônico muito popular) que funcionam como um atalho para agradar uma plateia, quase sempre já ganha de saída. O fato de Drake ser a atração principal da noite certamente ajudou para que o público muito jovem dessa noite de sexta entrasse "na onda" do produtor.

No palco, ele usa as ferramentas que pode: pede para quem souber cantar junto, pede para a galera levantar as mãos e balançar de um lado para o outro, convida para "uma viagem", diz para levantar e abaixar a luz dos celulares. Comportadíssimo, pede desculpas antes de falar um palavrão. "Vamos seguir o caminho do amor, porque é ele que leva para o caminho da felicidade. Não preciso ir longe, tirem do caminho os preconceitos, a intolerância e tudo o mais", diz - no público, a plateia entoa cantos de xingamentos ao presidente Bolsonaro.

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