Geração Elevada, GE. Essa é a expressão dita sutilmente várias vezes entre uma faixa e outra do CD “Rap de Massagem”, trabalho de Hot e Oreia, lançado em 22 de julho de 2019. Depois esgotarem os ingressos em São Paulo, no show de lançamento do álbum, há duas semanas, a festa desta vez será em BH.
O evento terá como convidados Djonga, Sidoka, Rafael Fantini e a cantora Marina Sena. A festa acontece nesta quinta (29), na casa de show LAB, em BH, a partir das 20h. Os Ingressos estão disponíveis no site da Sympla.
“Lançamos o álbum em SP primeiro, os ingressos acabaram uma semana antes do show. Desta vez é em casa, com os amigos e a família. Estamos felizes e energizados para escrever mais esta página na história da música de BH”, diz Hot.
"Esse show inédito e com participações inéditas vai ser louco. Pode esperar coisas que você nunca viu na vida, todo mundo animado, casa nova em BH. Vai ser demais," comenta Oreia.
Velhos conhecidos do público de rap de BH e do Brasil, com 26 anos de idade, Mário Apocalypse (Hot) e Gustavo Aguiar (Oreia) começaram criar versos e frases de efeito, há 10 anos, durante o Duelo de MCs, realizado no Viaduto Santa Tereza, em BH.
A partir daí, criaram juntos o Sarau Vira Lata, a banda Filhos de Sandra e fizeram parte do coletivo DV-Tribo, referência no rap nacional, que contava com FBC, Clara Lima, Djonga e o DJ Coyote. Hoje, todos são destaque nas playlists de fãs de rap.
O evento terá como convidados Djonga, Sidoka, Rafael Fantini e a cantora Marina Sena. A festa acontece nesta quinta (29), na casa de show LAB, em BH, a partir das 20h. Os Ingressos estão disponíveis no site da Sympla.
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"Esse show inédito e com participações inéditas vai ser louco. Pode esperar coisas que você nunca viu na vida, todo mundo animado, casa nova em BH. Vai ser demais," comenta Oreia.
Velhos conhecidos do público de rap de BH e do Brasil, com 26 anos de idade, Mário Apocalypse (Hot) e Gustavo Aguiar (Oreia) começaram criar versos e frases de efeito, há 10 anos, durante o Duelo de MCs, realizado no Viaduto Santa Tereza, em BH.
A partir daí, criaram juntos o Sarau Vira Lata, a banda Filhos de Sandra e fizeram parte do coletivo DV-Tribo, referência no rap nacional, que contava com FBC, Clara Lima, Djonga e o DJ Coyote. Hoje, todos são destaque nas playlists de fãs de rap.
Hot e Oreia fazem um rap singular, com a marca registrada deles. Antes do lançamento oficial do disco, a primeira canção a chegar às plataformas digitais é a segunda faixa, “Eu vou”, parceria da dupla com Djonga. Coyote é o responsável pela batida-melodia.
O clipe, que se aproxima de 3 milhões de visualizações no YouTube, misturou rap com Auto da Compadecida, clássico de Ariano Suassuna (1927-2014), frases de protesto e o humor sarcástico que é característica da dupla.
Outra faixa lançada antes do disco é “Estilo”. Com imagens nonsense reproduzidas no videoclipe, este com mais de 1 milhão de views, Hot e Oreia trocam de corpo um com o outro, brincam com a maneira de se vestir e criam a própria moda. O refrão (“Me dá só um poquito /Poquito do estilo”) gruda na mente de quem escuta.
Mas não é de hoje que a dupla alcança números relevantes nas redes sociais. O canal oficial no YouTube Hot e Oreia conta com mais de 9 milhões de visualizações. Canções como Pólen, parceria com Froid, Play Boy, Consome, Elevei, com participação de Baco Exu do Blues, e Hino parte 2, protesto contra o crime ambiental da Vale, contribuem para essa marca.
Logo no início do disco, na música “Eparrei”, eles chegam com saudações. “Um alô de lá para dizer”, na voz de Rafael Fantini, é quase uma oração. que antecede à rima crítica, humorística, politizada e diferenciada da dupla presente nas nove faixas. Destaque para o verso de Oreia: “Deus é todo mundo sorrindo ao mesmo tempo”. E para o coral de crianças cantando o refrão.
Além dessas duas canções que ganharam videoclipes, as outras, quando reproduzidas no YouTube, chegam com a imagem em formato 360 graus. Ou seja, é possível interagir com a foto passando o mouse sobre ela e arrastando para o lado desejado. Dessa forma, enxergam-se elementos que até então se escondiam.
Um exemplo desse efeito está na quarta canção do disco “Xangô”. Ao girar a câmera, você é surpreendido com a imagem do ministro Sergio Moro com um machado desenhado no rosto. Hot divide a faixa com a cantora Luedji Luna.
Na música “Rappers”, o equilíbrio das duas vozes é perceptível. Enquanto Hot chega com seu freestyle, Oreia usa frases pontuais e provocações. O beat também fica por conta do DJ Coyote. Na curta e expressiva canção, que leva o nome do CD, “Rap de massagem”, parceria com Luiz Gabriel Lopes, a intenção dos jovens artistas é, tirar as tensões do mundo.
Talvez a faixa mais romântica do disco, com referências de reggae, “Tema” tem início com a levíssima voz de Marina Sena, vocalista do grupo Rosa Neon, adicionando seu talento ao refrão: “Você sempre foi um problema/Mas virou o tema dessa aqui e de todas as últimas que escrevi”.
Na introdução de “Bicho de goiaba”, a voz de Criolo aparece com o trecho da música "Subirusdoistiozin": “Tem uns menino bom novo hoje aí na rua”. Em seguida, Hot e Oreia dividem versos que lembram uma batalha de rimas.
A última do disco foi construída sob um beat pesado. “Cigarro”, assim como as faixas anteriores, usa citações ao candomblé e trocadilhos para dizer de maneira clara, ou quem sabe confusa, que os dois estão “pregando o papo reto”.
Além de lançar dois discos independentes na plataforma SoundCloud, no fim do ano passado, ele lançou Lua em Escorpião, LP de apenas 4 faixas.
Oreia, quando ainda morava na cidade onde nasceu, Medina-MG, foi influenciado pelos pais e aprendeu a gostar de forró. Aos 12 anos, morando em São Paulo, assistiu ao rapper Emicida em batalhas no YouTube. Depois disso, passou a rimar com os colegas. Aos 15, chegou a Belo Horizonte e ingressou nas batalhas de rimas no Viaduto Santa Tereza e em saraus de poesia.
O clipe, que se aproxima de 3 milhões de visualizações no YouTube, misturou rap com Auto da Compadecida, clássico de Ariano Suassuna (1927-2014), frases de protesto e o humor sarcástico que é característica da dupla.
Outra faixa lançada antes do disco é “Estilo”. Com imagens nonsense reproduzidas no videoclipe, este com mais de 1 milhão de views, Hot e Oreia trocam de corpo um com o outro, brincam com a maneira de se vestir e criam a própria moda. O refrão (“Me dá só um poquito /Poquito do estilo”) gruda na mente de quem escuta.
Mas não é de hoje que a dupla alcança números relevantes nas redes sociais. O canal oficial no YouTube Hot e Oreia conta com mais de 9 milhões de visualizações. Canções como Pólen, parceria com Froid, Play Boy, Consome, Elevei, com participação de Baco Exu do Blues, e Hino parte 2, protesto contra o crime ambiental da Vale, contribuem para essa marca.
Logo no início do disco, na música “Eparrei”, eles chegam com saudações. “Um alô de lá para dizer”, na voz de Rafael Fantini, é quase uma oração. que antecede à rima crítica, humorística, politizada e diferenciada da dupla presente nas nove faixas. Destaque para o verso de Oreia: “Deus é todo mundo sorrindo ao mesmo tempo”. E para o coral de crianças cantando o refrão.
Além dessas duas canções que ganharam videoclipes, as outras, quando reproduzidas no YouTube, chegam com a imagem em formato 360 graus. Ou seja, é possível interagir com a foto passando o mouse sobre ela e arrastando para o lado desejado. Dessa forma, enxergam-se elementos que até então se escondiam.
Um exemplo desse efeito está na quarta canção do disco “Xangô”. Ao girar a câmera, você é surpreendido com a imagem do ministro Sergio Moro com um machado desenhado no rosto. Hot divide a faixa com a cantora Luedji Luna.
Na música “Rappers”, o equilíbrio das duas vozes é perceptível. Enquanto Hot chega com seu freestyle, Oreia usa frases pontuais e provocações. O beat também fica por conta do DJ Coyote. Na curta e expressiva canção, que leva o nome do CD, “Rap de massagem”, parceria com Luiz Gabriel Lopes, a intenção dos jovens artistas é, tirar as tensões do mundo.
Talvez a faixa mais romântica do disco, com referências de reggae, “Tema” tem início com a levíssima voz de Marina Sena, vocalista do grupo Rosa Neon, adicionando seu talento ao refrão: “Você sempre foi um problema/Mas virou o tema dessa aqui e de todas as últimas que escrevi”.
Na introdução de “Bicho de goiaba”, a voz de Criolo aparece com o trecho da música "Subirusdoistiozin": “Tem uns menino bom novo hoje aí na rua”. Em seguida, Hot e Oreia dividem versos que lembram uma batalha de rimas.
A última do disco foi construída sob um beat pesado. “Cigarro”, assim como as faixas anteriores, usa citações ao candomblé e trocadilhos para dizer de maneira clara, ou quem sabe confusa, que os dois estão “pregando o papo reto”.
Velhos (jovens) conhecidos
Hot, criado no Bairro Floresta, em BH, nasceu em berço artístico. Sua família, Apocalypse, fundou o Giramundo Teatro de Bonecos. Além de ator, é marionetista. Desde os 7 anos está no palco, de onde tira inspiração para compor.Além de lançar dois discos independentes na plataforma SoundCloud, no fim do ano passado, ele lançou Lua em Escorpião, LP de apenas 4 faixas.
Oreia, quando ainda morava na cidade onde nasceu, Medina-MG, foi influenciado pelos pais e aprendeu a gostar de forró. Aos 12 anos, morando em São Paulo, assistiu ao rapper Emicida em batalhas no YouTube. Depois disso, passou a rimar com os colegas. Aos 15, chegou a Belo Horizonte e ingressou nas batalhas de rimas no Viaduto Santa Tereza e em saraus de poesia.
HOT E OREIA
Quinta-feira (29/8), às 20h. LAB, Av. do Contorno, 6.342, Savassi. Ingressos: R$ 20 e R$ 30, à venda no site Sympla.
* Estagiário sob supervisão da editora-assistente Ângela Faria
* Estagiário sob supervisão da editora-assistente Ângela Faria