Embora o show de Sandy & Junior tenha começado com quase uma hora de atraso, a plateia parece não ter se importado nem um pouco e esperou pacientemente pela dupla. O público foi ao delírio ao sabor das 27 músicas cantadas pelos irmãos, com um final apoteótico ao som de Vamo pulá! e os mais de 20 mil fãs gritando “Inseparáveis, inseparáveis!”. O que poucos sabiam era que, por trás de uma banda formada por músicos competentes, estava o guitarrista belo-horizontino Guilherme Fonseca.
Residindo atualmente em Houston, no Texas (EUA), desde 2008, o músico foi convidado por Junior para integrar a turnê Nossa história, inclusive no exterior. “Toquei com Sandy & Junior por cinco anos antes deles se separarem e tenho uma amizade muito grande com o Junior. Fiquei amigo dele numa fase em que estava querendo se colocar como artista, como músico, além de ser só o Junior ali no palco. Ele é um cara muito estudioso, dedicado e começou a deslumbrar um pouco com guitarra. Foi nessa época que o conheci de verdade.”
Como guitarrista, Guilherme passou a ser uma espécie de guru para Junior. “Ele confiou em mim e a nossa amizade ficou forte. Fizemos até um grupo, o Soul Funk. Milton Guedes, como cantor e saxofonista, eu como guitarrista, o Junior como baterista e o Eric Escobar nos teclados. Tocamos em São Paulo por dois anos e meio toda quarta-feira. Na verdade, Junior botou o bloco na rua, vamos assim dizer.”
O guitarrista mineiro lembra que foram canjas memoráveis, durante o período em que a Soul Funk tocou no Na Mata. “Por lá passaram artistas, nada menos que o pessoal do Jota, do Skank, Lenine, Lulu Santos, Sideral e Jorge Benjor, entre outros”, orgulha-se Guilherme.
Guilherme garante que a apresentação de BH foi uma das melhores da turnê do ponto de vista dos músicos. “Foi um bom show e, além disso, o público deu retorno diferente hoje (sábado). Belo Horizonte é realmente quente, a plateia participa ativamente, cantando e dançando o tempo inteiro”, diz o guitarrista mineiro.
FÃ CLUBE Por meio de sorteio, 10 garotas foram selecionadas para irem até o camarim da dupla conversar e tirar fotos com os ídolos. Entre elas estavam Tatila Orfano, de BH; Priscila Monteiro e Danila Guahiba, de Uberlândia; e Bruna Soares, de Muniz Freira, no Espírito Santo. “Quero saber se eles têm a dimensão da sensação e emoção que estão causando nas pessoas”, disse Talita.
Durante a entrevista, Sandy disse ao Estado de Minas que não imaginava que o retorno dos dois aos palcos iria causar tamanha comoção, não só nos fãs, mas também em pessoas que pouco conhecem sobre o trabalho da dupla. “Estamos recebendo esse carinho há tanto tempo e, mesmo assim, a emoção das pessoas nos surpreendem até hoje”. Para Junior, a volta tem uma carga emotiva muito grande. “Está sendo muito gratificante para nós. Estamos fazendo tudo por conta desta demanda que houve, esse pedido tão grande, com milhares pessoas querendo e pedindo a nossa volta. Podem ter a certeza de que tudo está sendo feito com o maior carinho”.