Um mês depois de se mudar de Belo Horizonte por causa de sua saída da Filarmônica de Minas Gerais, o britânico Anthony Flint, ex-spalla da orquestra (atuou entre 2011 e 2019), retorna à cidade para um novo concerto. Nesta terça-feira (13), no Teatro do Minas Tênis Clube, Flint, de 65 anos, participa da série Concertos Supergasbras com o Trio Nobile. A pianista brasileira Clélia Iruzun e o violoncelista norte-americano Johann S. Paetsch são seus companheiros no trio.
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Compositor, pianista e maestro, o pernambucano Marlos Nobre, radicado no Rio de Janeiro, completou em fevereiro 80 anos. “A escolha pela peça foi da Clélia. Toquei, com a filarmônica, várias peças dele. Nobre foi a um concerto que o Nobile fez também na Sala Cecília Meireles”, conta Flint, chamando a atenção para a boa recepção que a plateia carioca deu para a composição escolhida para os concertos atuais. “O começo da peça é um pouco experimental. Mas o segundo movimento é belíssimo, tanto que, no futuro, deveremos incluí-lo nos bis de nossas apresentações”, afirma.
O Nobile, que já se apresentou em outras duas ocasiões em BH, foi criado por Flint em 2017. Mesmo dividindo-se entre o Brasil e a Suíça (ele vive com a mulher no interior do país europeu) ao longo desta década por causa da filarmônica, Flint pôs em prática, ao lado da pianista (brasileira radicada na Inglaterra) e do violoncelista (que também vive na Suíça), o desejo de retomar sua atuação na música de câmara.
E sua temporada brasileira lhe apresentou vários compositores nacionais. Recentemente, ele gravou com Clélia sinfonia de Leopoldo Miguez (1850-1902). A peça estará no álbum que o violinista pretende lançar com a pianista em 2020.
O trio chegou ao Brasil no final de julho, onde ensaiou “observando o mar” no apartamento de Clélia, em Copacabana. Toda a turnê está sendo feita de carro, com Flint como condutor – os carros são outra paixão do violinista. “Estou adorando porque, no Brasil, há muito espaço livre nas estradas. Na Europa, você só vê casas e radares. Aqui, não. Poucas casas e só alguns radares”, ele conta. Terminada a turnê, Flint retorna para a Suíça. Mas já tem data para voltar para o Brasil. No início de setembro, participa, como convidado, de um evento de música de câmara no Rio de Janeiro.
FILARMÔNICA EM CÂMARA
Também nesta terça (13), às 20h30, será realizada na Sala Minas Gerais, Rua Tenente Brito Melo, 1.090, Barro Preto, mais uma edição da série Filarmônica em Câmara. O violinista Luka Milanovic, o violista Roberto Papi e o violoncelista William Neres interpretam a Serenata em dó maior para trio para cordas, op. 10, de Dohnányi. Na sequência, a flautista Cássia Lima e a harpista Clémence Boinot apresentam a Fantasia para flauta e harpa, op. 124, de Saint-Saëns. A obra Fantasia para oboé e trio de cordas, op. 2, de Britten, será executada pelo oboísta Israel Muniz, o violinista Rodrigo Oliveira, o violista Roberto Papi e o violoncelista William Neres. O violinista Ara Harutyunyan e a violinista Hyu-Kyung Jung, o violista Mikhail Bugaev e o violoncelista Eduardo Swerts finalizam o programa com o Quarteto de cordas nº 1 em si menor, op. 50, de Prokofiev. Entrada franca (os ingressos estão sendo distribuídos na bilheteria do local).
TRIO NOBILE
Apresentação nesta terça (13), às 20h30, no Teatro do Centro Cultural Minas Tênis Clube, Rua da Bahia, 2.244, Lourdes, (31) 3516-1360. Ingressos: R$ 40 e R$ 20 (meia). Ingressos na bilheteria ou no site
www.eventim.com.br (com taxa de conveniência).