Bastava uma olhada na plateia para perceber que a maioria, entre homens e mulheres, passava dos 35 anos.Um grupo que pela idade estava reunido ali pelo mesmo gosto musical. “É a melhor banda”, gritou alguém na primeira fila, logo quando Dado Villa- Lobos, guitarrista da Legião Urbana, subiu ao palco. O músico era convidado da Orquestra Opus, que fez novos arranjos para canções que marcaram a trajetória do grupo. “Quero agradecer ao Dado e a outros artistas que já participaram do projeto. A gente acaba colocando (em um teatro) um público que é do artista e que dificilmente viria apenas para a apresentação de uma orquestra. Trazemos artistas com essa popularidade para mostrar a orquestra como um programa acessível a todos”, disse o maestro Leonardo Cunha. “Já fomos a muitas cidades por onde nunca havia passado uma orquestra”, acrescentou orgulhoso.
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Dado também lembrou a trajetória do filho, Nicolau, que depois de longo período trancado em casa se recuperando de problema cardíaco acabou tornando-se um profissional do poker na internet. “É isso que você espera de um filho?”, perguntou entre risos. “A gente não escolhe o que os meninos vão ser. Meu pai, por exemplo, é um diplomata, queria que eu fosse um diplomata, mas não sei fritar hambúrguer, é verdade”, ironizou, levando a plateia às gargalhadas. 7 X 1, faixa do disco Exit, foi apresentada com bom humor pelo maestro Leonardo Cunha. “Essa tem um nome perigoso para Belo Horizonte”, recordando o placar da Alemanha contra o Brasil, na semifinal da Copa de 2014.
A noite da Orquestra Opus surpreendeu o público com outro convidado, o saxofonista Derico. “Vocês viram uma pessoa de pouco cabelo, brilhoso, que não era eu?”, perguntou o maestro Leonardo Cunha. A Opus tem uma história de muitos anos com o músico, que ganhou fama no extinto Programa do Jô. Dado e Leonardo voltaram para casa com terços, presente de uma fã que entregou as lembranças na boca do palco, pouco antes do bis.