O show de Thiaguinho já estava pela metade, a plateia completamente encantada com o pagoderio, quando ele se sentou no banquinho para contar um pouco de sua história. Não que os fãs que lotaram o Grande Teatro do Palácio das Artes desconhecessem cada detalhe da trajetória do astro. Mas aquele momento, bate-papo com a plateia, criou um clima ainda mais intimista com o público, que vibrava com as declarações, o bom humor e as lembranças do ídolo. "Sou o pagodeiro mais paraguaio do Brasil", brincou, ao lembrar o tempo em que morou com a família em Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul, divisa com Pedro Juan Cabalero, no Paraguai.
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E entre o Brasil e o Paraguai, Thiaguinho reconheceu ter sido influenciado por muitos gêneros musicais. “Cresci ouvindo música sertaneja, a polca paraguaia e música gaúcha. Sou uma mistura de muita coisa”, falou. Mas, apesar de o samba em Ponta Porã não ter muita força, o pagodeiro afirmou, citando letra de Maria Rita: “'Eu não nasci no samba, mas o samba nasceu em mim'. Minha vida é isso. Morro de orgulho de cantar samba pelo país”. Jogando charme para as fãs, o cantor definiu-se ainda com um romântico e sonhador. “Tratem-me com carinho”, pediu, levando as mulheres aos gritos.
Thiaguinho não escondeu a felicidade de rodar o Brasil com a turnê AcúsTHico. “Está sendo uma delícia mostrar de uma maneira diferente para vocês músicas que talvez não estejam acostumados a ouvir na minha voz, além de músicas da minha carreira em versão acústica”. Apesar de o show estar há um tempo na estrada, Thiaguinho incluiu Oceano, de Djavan, pela primeira vez no show do Palácio das Artes. O pagodeiro é fã incondicional da obra do músico alagoano.
Além de novas versões para as canções do repertório, Thiaguinho – que tem grande presença de palco – fez versões respeitosas para sucessos populares. Como foi o caso de Pais e filhos, do repertório do Legião Urbana. “Estamos vivendo um tempo em que as pessoas estão bloqueadas e não falam 'eu te amo'. As pessoas vivem para juntar dinheiro, roupa, carros, mas, no fim das contas, o que vai ficar é o amor. Todo mundo precisa de amor”. Não faltaram também elogios do pagodeiro aos mineiros, além de vibrar com o Jota Quest: “São meus grandes amigos e tenho certeza do orgulho de vocês por eles. Ainda elogiou Fernanda Mello, compositora da canção Só hoje, uma das oito músicas escritas por ela para a banda.
Nunca se viu tanta gente chegando muito tempo depois do início do show, o que provocava um senta e levanta que causava desconforto. Da produção do espetáculo, o único porém foi a luz, que, dependendo da posição do público, prejudicava e muito a visão de quem estava na plateia.
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La barca, de Luis Miguel, na versão de Thiaguinho