Lançada em 2002 no álbum Valeu esperar, Supera ganhou na versão de Belo a popularidade que não teve com seu grupo original, o carioca Alô Som. Uma introdução orquestral marca o registro que o ex-vocalista do Soweto fez para a canção, recuperada agora em uma gravação intimista, marcada por percussão e piano, do mineiro Matheus Brant.
Cantor, compositor, criador de bloco de carnaval (na ativa desde 2014, o Me beija que eu sou pagodeiro arrebanhou 30 mil foliões neste ano), Brant, 34 anos, lança nesta quinta (27), no Teatro Sesiminas, sua nova incursão no pagode. Cola comigo, segundo trabalho da trilogia iniciada em 2016 com Assume que gosta, vem reafirmar sua intenção de renovar o gênero.
Sofisticar, mas sem perder o foco no público. Supera é a única regravação do álbum, que reúne oito faixas autorais de Brant com diferentes parceiros (Vinicius Ribeiro o mais constante deles). O disco traz ainda Majestade, parceria de César Lacerda (diretor musical do disco) e Rômulo Fróes.
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Após Assume que gosta, Brant intensificou a produção de canções. “Na verdade queria que o segundo disco fosse dedicado à cumbia e ao reggaeton, mas como as músicas no gênero pagode tinham mais volume, o César Lacerda identificou uma identidade”, comenta ele, que sofreu influências por uma linha mais melodiosa.
Ainda que o amor seja o grande tema do pagode, na interpretação de Brant ele ganha diferentes nuances. “As letras são mais literárias, com metáforas e rimas um pouco diferentes”, comenta ele, que canta o romantismo em A minha maneira de te amar, Preta e Chamego gostoso. Ao atualizar o estilo, Brant busca também estender seu universo: fala de feminismo em Juntos e de igualdade de gênero em Tudo no menu.
MATHEUS BRANT
Show de lançamento do álbum Cola comigo. Nesta quinta (27), às 21h, no Teatro Sesiminas, Rua Padre Marinho, 60, Santa Efigênia. Ingressos: R$ 20 e R$ 10 (meia).
Veja o clipe de 'Cola comigo'