Felipe Vasconcelos, compositor belo-horizontino de 33 anos, criou uma espécie de anagrama para homenagear o francês Claude Debussy (1862-1918). Cada ano sem Debussy: Dez versos sobre o seu nome é a peça com que Vasconcelos concorre na edição 2019 do Tinta Fresca, festival criado pela Orquestra Filarmônica de Minas Gerais para fomentar a criação musical sinfônica. A final será nesta terça (18), na Sala Minas Gerais.
“Cada letra do nome dele pode ser traduzida como uma nota”, explica Vasconcelos. Na cifragem, o d é a nota ré; o e a nota mi, o b o si bemol, o u (do francês ut) é o dó, o s o mi bemol e o sy se tornou o si. “Essas notas aparecem tanto melodicamente quanto simultaneamente em formato de acordes”, continua o compositor, que resolveu homenagear o francês impressionista fazendo citações de várias peças dele misturadas com suas próprias melodias.
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“A carreira de um compositor é difícil no Brasil. Normalmente seguimos a carreira acadêmica, o que é minha intenção.
Sob a regência do maestro Marcos Arakaki a Filarmônica vai executar, nesta noite, as quatro peças finalistas (selecionadas a partir de 39 partituras inscritas por autores de dez estados). Ao final do concerto, os jurados – os compositores André Mehmari, Guilherme Nascimento e Liduino Pitombeira –, o maestro e a orquestra escolhem a obra vencedora.
Seu autor receberá a encomenda de uma nova composição a ser interpretada na temporada 2020 da Filarmônica.
TINTA FRESCA
Concerto de encerramento do festival. Nesta terça (18), às 20h30, na Sala Minas Gerais, Rua Tenente Brito Melo, 1.090, Barro Preto, (31) 3219-9000. Entrada franca (retirar os ingressos na bilheteria).