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“O disco tem várias camadas e texturas, tem a visceralidade do punk e do grunge, mas não é tão cru. Tem efeitos psicodélicos e outros toques que dei na mixagem, mas que não mudaram a característica da banda.
ESOTÉRICO Rajão, que é professor de música e trompetista, participa do grupo Orquestra Atípica de Lhamas, entre outros projetos ligados ao carnaval, fez a masterização de Shit and blood, ou seja, o toque final no disco. “Masterização é um processo um pouco esotérico. No cinema tem o colorista, que pega o filme montado e dá retoques para chegar numa identidade de luz e cores, uma continuidade estética. Masterização é um pouco disso. Pego uma mixagem e monto o disco com uma identidade em termos de som. É a última etapa, por isso depende de uma sensibilidade de escuta muito desenvolvida e é algo ainda raro em BH”, diz ele. Ygor começou a se interessar pela “cozinha” da música na adolescência, em contato com o estúdio do pai, Caxi Rajão, em Macacos.
Os estilos variam, mas a força-tarefa para fazer um disco sair é parecida. No mês passado, a cantautora belo-horizontina Flávia Ellen lançou Desperta, seu primeiro álbum, que reúne 10 composições criadas ao longo de seus 10 anos de carreira.
“Ele é muito criativo e generoso, tem uma escuta atenta. Cheguei para ele com um material consistente e demonstrei meus desejos. Acertamos o conceito do disco juntos. Ele fez a etapa de pré-produção e amarrou tudo. Ali já vislumbrei como seria”, conta a artista, cuja proposta era “criar uma identidade musical na instrumentalidade”. “Temos a guitarra distorcida e o trio de metais. As letras têm uma unidade que retrata a vida de uma pessoa, no caso, a minha. Sou uma mulher ativista na cultura e na sociedade, mas me considero também uma pessoa leve e delicada. É isso que tento levar para minha música”, afirma Flávia Ellen.
Músico há 20 anos, Richard se dedica há pelo menos 10 à produção. Começou de forma espontânea, produzindo o disco do irmão Rogério Lazur e aprendendo em cursos on-line.
Ele diz que o trabalho com Flávia Ellen “fluiu com uma leveza impressionante”. “Meu trabalho foi estruturar as músicas e encontrar a atmosfera de cada faixa”, diz o músico, que hoje tem um projeto chamado Malaika Reggae Club. Para ele, a experiência como músico ajuda no processo. “A gente parte do mesmo lugar, compartilha o mesmo universo e isso ajuda a aliviar a questão técnica, tornando-a menos fria e mais artística.”
ENGENHARIA Flora Guerra pretendia atuar como engenheira de som desde a adolescência, ainda que em Minas Gerais não houvesse uma graduação específica para isso na última década. Depois de se formar em engenharia de telecomunicações, ela se especializou em técnica sonora e hoje comanda o estúdio Maré Áudio Criativo, que “produz tudo que se escuta”, inclusive música, diz ela.
Flora, cuja atividade técnica se estende aos shows, trabalhando com artistas locais como Di Souza e Rosa Neon, define o trabalho do engenheiro de som como a execução prática daquilo que produtor e artista pensam sobre a música gravada. Ela entende que um requisito fundamental para esse profissional é ter um bom entendimento com quem toca. Um dos objetivos de Flora é ajudar a expandir esse mercado para a atuação das mulheres.
Há dois anos ela realiza a Oficina de Áudio para Mulheres na Música, sem periodicidade fixa. “Tento trazer mais gente para esse lado.
DISCOS DE ESTREIA
Shit & blood é o nome do primeiro álbum do grupo Pata, que mistura punk e grunge e tem 10 faixas. Segundo a vocalista Lúcia Vulcano, o binômio “merda e sangue”, que compõe o título (em inglês) do disco, é o conceito sobre a experiência da menina ao ter a primeira menstruação.
“Desde criança, a mulher tem uma série de restrições impostas. Na infância, não entendemos isso direito. A menstruação é um marco. A partir dela, essas imposições comportamentais pioram, enquanto o homem pode seguir sendo infantil até os 40 anos. Essa bagunça meio escatológica de Shit and blood subverte o conceito de que a mulher é frágil e bonitinha. É nossa tentativa de discutir isso através da música”.
Já disponível no Spotify e em outras plataformas digitais, Shit & blood, que sai pelo selo Efusiva, é vendido a R$15 no formato físico. O disco tem show de lançamento nesta sexta (14), em Belo Horizonte. Ouça:
AUTOCONHECIMENTO “Desperta pode ser imperativo ou adjetivo. Eu me sinto das duas formas. Este disco, além de ter sido um processo de descobrimento no mundo, é um convite a outras pessoas para o autoconhecimento, que é um processo fundamental. Isso é o despertar”, diz Flávia Ellen sobre seu disco, que pode ser ouvido no Spotify e em outras plataformas digitais e tem show de lançamento previsto para agosto. Ouça:
Shit & blood
Show de lançamento do álbum. Hoje (14), às 21h, no Stonehenge (Rua dos Tupis, 1.448, Barro Preto). Abertura: Miêtta e Weedra. Ingressos: R$ 20, no site www.sympla.com.br, e R$ 30, na bilheteria. Mais informações: (31) 3271-3476
Desperta
Show de lançamento do álbum. Sábado, 10 de agosto, no Teatro Sesiminas (Rua Padre Marinho, 60, Santa Efigênia). Ingressos: R$ 25 (inteira) e R$ 13 (meia), à venda na bilheteria do teatro e no site www.tudus.com.br..