Adriana Calcanhotto encerra sua “trilogia marinha” com o disco Margem, depois de gravar os álbuns Marítimo (1998) e Maré (2008). “O primeiro explicita minha paixão pelo mar como espaço físico e metafísico. Por ter novamente ambiência oceânica, o segundo me fez pensar no mar quando volta, nas marés. Refleti muito até constatar que meu disco era a segunda vaga de um projeto maior”, explica a cantora e compositora.
Em 23 de agosto, a gaúcha chega ao Palácio das Artes, em BH, para a estreia da nova turnê. Margem é o primeiro álbum de estúdio de Adriana em 11 anos. De lá para cá, ela lançou DVDs de suas apresentações. “Em 2011, fiz Olhos de onda, gravado no Rio de Janeiro; em 2015, veio Loucura, gravado em Porto Alegre, somente com canções de Lupicínio Rodrigues. Eram projetos de palco”, afirma.
Margem surgiu paralelamente à turnê A mulher do Pau-Brasil, na qual a cantora e compositora estava acompanhada de Bem Gil (guitarra), Bruno Di Lullo (baixo) e Rafael Rocha (bateria e percussão). “O novo álbum traz nove canções, sete delas autorais. Os ilhéus é um poema de Antonio Cicero musicado por Zé Miguel Wisnik. O príncipe das marés foi composta por Péricles Cavalcanti. Cheguei a gravar essa última em 2008, mas algo em meu canto acabou não me convencendo. Por isso resolvi incluí-la nesse disco.” Tua e Era pra ser foram registradas por Maria Bethânia.
Bem Gil, Di Lullo e Rocha acompanharão a cantora no show em Belo Horizonte. “Viajar com Bem e Bruno foi uma experiência incrível. Tocar, passar o som, acordar, voar, almoçar, jantar juntos e chegar ao estúdio, no Rio de Janeiro, já com a presença de Rafael. Estúdio que, aliás, é um quintal para o Bem, pois foi lá que o pai dele (Gilberto Gil) e outros artistas gravaram coisas belíssimas”, comenta.
Algumas músicas costumam “rondar” discos e shows de Adriana antes de chegar ao público. “Há canções que não entraram nos projetos, mas também não saíram de mim. De alguma maneira, foram ficando como possibilidades para o terceiro álbum. Nesse sentido, Marítimo se confunde um pouco com Maré.”
ESTÚDIO Em 35 anos de carreira, a atitude dela dentro do estúdio foi mudando com o passar do tempo. “Na verdade, fui me acalmando, aprendendo a ouvir e entender melhor. Minhas primeiras memórias das sessões de gravação são de que aquilo precisava ser muito rápido, definitivo e acabar logo, pois tudo é muito caro. Então, você vai para o estúdio sabendo o que vai fazer. Lá não é lugar para se perder tempo pensando”, observa.
Adriana tem aprendido muito com Bem Gil, Bruno Di Lullo e Rafael Rocha. “Eles sempre vão para o estúdio experimentar sons, microfonar com toda a calma do mundo. Vão fazer o que mais gostam e também para ser felizes. Viram noites tocando por puro prazer. Em Margem, eles foram incansáveis e amorosos comigo, acredito que isso está impresso no som das faixas. Sou muita grata a eles e a todas as pessoas envolvidas nesse trabalho, que encerra uma série de ciclos. Estou muito contente com o resultado”, conta.
O processo de criação de Margem foi especial, diz Adriana. “Tive a oportunidade de deixar cada canção decantando. Aliás, o álbum como um todo. Tive tempo de tirar algumas coisas até que o disco ficasse com as nove faixas.”
A agenda da turnê de lançamento está lotada. “Vamos a muitas cidades brasileiras e depois partiremos para Estados Unidos, Europa e Japão. Depois, volto para Coimbra, em Portugal, para dar aulas. Quem sabe componho algo durante esse tempo? A inspiração não tem hora para aparecer”, acredita.
Adriana conta que sua relação com a música começou por volta dos 18 anos. “Lembro-me de que não levava a coisa muito a sério. Ficava naquela de pegar o violão, tocar e largar. Certo dia, tive a oportunidade de me apresentar em um restaurante em Porto Alegre. Achei aquilo o máximo. Naquela época, meu repertório tinha canções de Lupicínio Rodrigues, Cartola, Chico Buarque e Caetano Veloso”, recorda.
FAIXAS
» Margem
» Os ilhéus
» Dessa vez
» Era pra ser
» Lá, lá, lá
» Tua
» O príncipe das marés
» Ogunté
» Meu bonde
MARGEM
• De Adriana Calcanhotto
• Nove faixas
• Sony Music
• Preço sugerido: R$ 34,90
• Disponível nas principais plataformas digitais
saiba mais
Protagonista de 'Rocketman' canta com Elton John
A história não contada sobre 'Evidências'; ouça em outras línguas o hit que completa 30 anos
Em 'Tarântula', trio As Bahias e a Cozinha Mineira ataca o preconceito
Morre Dr. John, um dos grandes nomes do Blues
Álbum póstumo de Prince é lançado em serviço de streaming
Margem surgiu paralelamente à turnê A mulher do Pau-Brasil, na qual a cantora e compositora estava acompanhada de Bem Gil (guitarra), Bruno Di Lullo (baixo) e Rafael Rocha (bateria e percussão). “O novo álbum traz nove canções, sete delas autorais. Os ilhéus é um poema de Antonio Cicero musicado por Zé Miguel Wisnik. O príncipe das marés foi composta por Péricles Cavalcanti. Cheguei a gravar essa última em 2008, mas algo em meu canto acabou não me convencendo. Por isso resolvi incluí-la nesse disco.” Tua e Era pra ser foram registradas por Maria Bethânia.
Bem Gil, Di Lullo e Rocha acompanharão a cantora no show em Belo Horizonte. “Viajar com Bem e Bruno foi uma experiência incrível. Tocar, passar o som, acordar, voar, almoçar, jantar juntos e chegar ao estúdio, no Rio de Janeiro, já com a presença de Rafael. Estúdio que, aliás, é um quintal para o Bem, pois foi lá que o pai dele (Gilberto Gil) e outros artistas gravaram coisas belíssimas”, comenta.
Algumas músicas costumam “rondar” discos e shows de Adriana antes de chegar ao público. “Há canções que não entraram nos projetos, mas também não saíram de mim. De alguma maneira, foram ficando como possibilidades para o terceiro álbum. Nesse sentido, Marítimo se confunde um pouco com Maré.”
ESTÚDIO Em 35 anos de carreira, a atitude dela dentro do estúdio foi mudando com o passar do tempo. “Na verdade, fui me acalmando, aprendendo a ouvir e entender melhor. Minhas primeiras memórias das sessões de gravação são de que aquilo precisava ser muito rápido, definitivo e acabar logo, pois tudo é muito caro. Então, você vai para o estúdio sabendo o que vai fazer. Lá não é lugar para se perder tempo pensando”, observa.
Adriana tem aprendido muito com Bem Gil, Bruno Di Lullo e Rafael Rocha. “Eles sempre vão para o estúdio experimentar sons, microfonar com toda a calma do mundo. Vão fazer o que mais gostam e também para ser felizes. Viram noites tocando por puro prazer. Em Margem, eles foram incansáveis e amorosos comigo, acredito que isso está impresso no som das faixas. Sou muita grata a eles e a todas as pessoas envolvidas nesse trabalho, que encerra uma série de ciclos. Estou muito contente com o resultado”, conta.
O processo de criação de Margem foi especial, diz Adriana. “Tive a oportunidade de deixar cada canção decantando. Aliás, o álbum como um todo. Tive tempo de tirar algumas coisas até que o disco ficasse com as nove faixas.”
A agenda da turnê de lançamento está lotada. “Vamos a muitas cidades brasileiras e depois partiremos para Estados Unidos, Europa e Japão. Depois, volto para Coimbra, em Portugal, para dar aulas. Quem sabe componho algo durante esse tempo? A inspiração não tem hora para aparecer”, acredita.
Adriana conta que sua relação com a música começou por volta dos 18 anos. “Lembro-me de que não levava a coisa muito a sério. Ficava naquela de pegar o violão, tocar e largar. Certo dia, tive a oportunidade de me apresentar em um restaurante em Porto Alegre. Achei aquilo o máximo. Naquela época, meu repertório tinha canções de Lupicínio Rodrigues, Cartola, Chico Buarque e Caetano Veloso”, recorda.
FAIXAS
» Margem
» Os ilhéus
» Dessa vez
» Era pra ser
» Lá, lá, lá
» Tua
» O príncipe das marés
» Ogunté
» Meu bonde
MARGEM
• De Adriana Calcanhotto
• Nove faixas
• Sony Music
• Preço sugerido: R$ 34,90
• Disponível nas principais plataformas digitais