Um dos baixistas brasileiros de maior expressão no cenário do jazz e rock progressivo, Jorge Pescara está lançando seu terceiro disco. Grooves in the eden traz 15 faixas e combina elementos do jazz, rock, pop, funk, r&b e música brasileira. O músico contou com as participações especiais do baterista e percussionista Cláudio Infante e do produtor e multi-instrumentista e vocalista André Sachs, entre outros. Antes, Pescara havia lançado os discos Groove in the temple e Knight without armour.
Grooves in the eden foi produzido por Arnaldo DeSouteiro e ganha o selo internacional da gravadora norte-americana Jazz Station Records, de Los Angeles. Diante deste trabalho, Pescara propõe uma mistura de ritmos, transcendendo rótulos e estilos, para se afirmar como umaCultura fusão única e inovadora. O repertório traz recriações como Povo, Smoke on the water, Come together, Brazilian rhyme e Song for Barry, além de temas compostos especialmente para este álbum, mas com parcerias como Laudir de Oliveira (Macumbass), e Gaudêncio Thiago de Mello (Plato’s Dialogues: Timaeus & Critias).
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O músico conta que começou no contrabaixo por formação. “Cheguei a estudar o baixo acústico também, mas depois optei pelo elétrico. Não tenho somente um ídolo neste instrumento, pois são vários. Gosto do Sting (The Police), Paul McCartney, Chris Squire (Yes) e Jaco Pastorius. Mas o que ouço com mais frequência é o norte-americano Ron Carter. No Brasil são vários: Arthur Maia, Cláudio Bertrami, Nico Assumpção e Luizão Maia, entre outros”, revela.
Atualmente, além dos shows, no formato trio, pescara é acompanhado por Renata Puntel (teclados, voz e flauta barroca) e alternando a bateria com Fábio Cezzane e Yuri Santana. “Também faço uns ‘freelas’, acompanhando as cantoras Hanna e Ithamara Koorax. Grooves in the eden foi gravado já há algum tempo, mas terminamos a prensagem no final de 2018, porém, estou fazendo o lançamento neste ano”. No segundo semestre, ele abre turnê inicialmente pelo Rio de Janeiro, São Paulo e Bahia.
“Quero abranger o máximo de lugares possível, fazer um trabalho melhor do que fiz com os dois discos anteriores, com os quais tive muita abertura no exterior. No Brasil tive muita repercussão, mas quero me dedicar mais ao novo disco e à minha carreira solo. Quero transformar os discos em duas trilogias. Neste ano estou por conta pra divulgar meus CDs. Quero fazer um show bem diferente, mesmo que seja de forma pontual.” diz.
IMPROVISOS Ele explica que o objetivo é mostrar efeitos e timbres diferentes para as pessoas. “Tenho como premissa em meu trabalho utilizar muito a world music para criar uma fusão que tenha a minha cara. E fusão deste alicerce não pode deixar de ter improvisos o tempo inteiro”, comenta o músico. “Gosto de trabalhar com técnicas que usam elementos da música clássica, pois tem outra forma, mais sensibilidade. Tenho quatro touch bass (baixo com 12 cordas) e cada um tem uma afinação diferente, baixos que usei para gravar o segundo disco, no qual criei uma história, vamos assim dizer. Este é um disco conceitual, que tem uma história. Enquanto que, no primeiro e no terceiro, andei mais pela world music e recriações de alguns clássicos.”
JORGE PESCARA – CROOVES IN THE EDEN
Jazz Station Records
15 faixas
Preço sugerido: R$ 25
CD disponível nas plataformas digitais