De acordo com o velho ditado, filho de peixe, peixinho é. E quem não quer contradizer a velha frase são os garotos Juliano Alvarenga, filho de Samuel Rosa (Skank), Igor Boechat, filho de Sideral, Gabriel Diniz, filho de PJ, baixista do Jota Quest, João Torres, filho de JP, baixista e vocalista da banda So Franz e Zeca Porfírio, filho de Maurinho Nastácia (Tianastácia). Assim como diversos artistas já o fizeram, eles também resolveram seguir os caminhos e influências dos pais e têm a música como profissão.
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Ele conta que já fez aulas com os guitarristas Docca Rolim, Celso Moreira e hoje tem como professor o multi-instrumentista Beto Lopes. “Continuo compondo e a banda já está com várias músicas prontas e o CD nas plataformas digitais. Mas a nossa ideia agora é lançar um single a cada três meses, assim vamos ampliando a nossa fanpage”, adianta Juliano. Antes, já havíamos lançado um single com a música Nesse tempo, que tem música e letras minhas.”
Além de Juliano, a bana Daparte conta com João Ferreira (voz e guitarra), Bernardo Cipriano (voz e teclado), Túlio Lima (voz e baixo) e Daniel Crase (bateria).
SEM BLOQUEIO Outro caso que segue a mesma linha é o de Igor Boechat, de 16, filho do cantor, compositor e guitarrista Wilson Sideral e sobrinho de Rogério Flausino (Jota Quest). Ele lembra que se encantou pela música logo cedo, ouvindo o pai e o tio. “Sempre fui apaixonado por música, principalmente pelo rock e pop. Gosto de Led Zeppelin, Beatles, Guns n’ Roses, Sideral, Jota Quest, Cazuza, Legião Urbana e também das canções do Clube da Esquina e da boa MPB.” “Na verdade, gosto de muita coisa, mas confesso que resolvi aprender a tocar violão e guitarra somente há dois anos, pois antes não havia sequer pensado nisso, Mas, de uma hora para outra, resolvi me enveredar também pela música. Mas continuo estudando e depois verei em que quero me formar”, diz. Igor conta que, no início, era muito cobrado pelos amigos para ser um guitarrista. “Parece que aquilo me deu um certo bloqueio”.
“O interessante é que meu pai sempre respeitou o meu pensamento e nunca exerceu qualquer pressão sobre o assunto.
Até há pouco tempo ele integrava a banda Newt. “Por enquanto, estou vendo o que fazer. Caso apareça alguma oportunidade de tocar com alguém, estou pronto para começar”, avisa Igor.
NOVOS DESAFIOS Gabriel, de 13, é baixista e João, de 11, baterista. Ambos fazem parte da banda Dangers, que se apresentou no domingo (19), no Festival Internacional de Cerveja e Cultura (FICC), no Mineirão. “Acredito que tenha sido o nosso último show interpretando covers, pois a nossa ideia agora é compor e gravar as nossas composições. Já estou compondo uma música e os outros integrantes da banda também estão se empenhando nisso.
Assim como o pai, que é fã de Flea, contrabaixista do Red Hot Chilli Peppers, Gabriel também confessa a sua admiração pelo músico norte-americano. “Gosto de rock, pop, música eletrônica e do funk americano. No contrabaixo meu pai exerceu toda a sua influência na minha carreira musical, é claro. Mas, talvez, se ele não fosse baixista, não sei se seguiria a carreira de músico”, acredita. “Aprendo muito com ele”, confessa o baixista do Dangers. “Desde pequeno escuto músicas com meu pai e sempre que posso, assisto a seus shows, afinal ele é um dos maiores baixistas brasileiros”, orgulha-se Gabriel.
João Torres é o baterista da banda.
Ao ver os bateristas John Bonhan (Led Zeppelin), o tio Fernando Murcego (Maurinho e os Mauditos), Keith Moon (The Who) e Neil Peart (Rush) tocando, Zeca Porfírio, de 16, filho do músico Maurinho Nastácia (Tianastácia e Maurinho e os Mauditos) se interessou imediatamente pelo instrumento. “Comecei a brincar com a bateria quando estava com 5 anos. Minha mãe conta que me deu uma para que eu não ficasse batendo nas panelas. Mais tarde, ganhei uma outra e aí resolvi aprender. Colocava uma música e ficava tocando em cima para aprender, lembra.
“Como meu pai gosta de ouvir Led, Rush e Who, a minha inspiração veio dos três bateristas destas bandas, além do meu tio, é claro. Embora não tenha tido aulas práticas, nunca tive nenhuma dificuldade para aprender o instrumento. Hoje, continuo praticando e também fazendo bits para vários cantores de rap. Faço o instrumental no computador mesmo, no qual tenho milhares de opções e vendo para os interessados”, avisa Zeca. No momento, ele não faz parte de nenhuma banda, mas diz que está aberto a conversações..