À primeira vista, ou melhor, à primeira audição, parece estranho ouvir velhos clássicos do rock internacional interpretados por um quarteto de cordas e uma bateria. Mas o Rockin’ Strings decidiu provar que não é bem assim com o lançamento – nesta quinta-feira (9), às 21h, no Centro Cultural Minas Tênis Clube – do álbum First bow, de música instrumental.
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“Temos a ideia de fazer clipes de algumas das canções do disco. Sempre tivemos como proposta fazer música popular, principalmente o rock, com o espírito de uma banda e não de um quarteto clássico. Creio que o nosso grande diferencial está aí”, diz Rodrigo, que também é maestro, idealizador do projeto e integrante do Cartoon, da Orquestra Ouro Preto, da Opus Orchestra e da Orquestra Mineira de Rock.“Penso que uma de nossas vantagens é fazer com que o timbre de cordas amenize as músicas mais pesadas. Por outro lado, que também seja agradável quando tocamos canções mais suaves. Acredito que isto é que une o público em nossos shows. Na realidade, somos um quarteto de cordas e encaramos os ensaios com a mesma seriedade e busca pelas sutilezas que teríamos tocando as músicas clássicas”, afirma.Ele conta que as baterias usadas nas músicas do CD foram gravadas no Casarão do Rock, em 2017, em BH, mas só no ano passado é que foi possível dar sequência à gravação das cordas, no Estúdio Mentol. “Editamos, mixamos e masterizamos no Estúdio Engenho, no início de 2019. Nosso maior desafio ao lançar o álbum era fazer com que o grupo soasse com o peso de uma banda. Também fazer o quarteto soar o mais coeso possível com a bateria e de um jeito emocionante, como imaginamos quando escrevemos os arranjos. A meta é tornar o nosso som capaz de chegar a um público grande, mesmo que sejamos um grupo instrumental.”
ALVO
O músico diz ainda que, “mesmo sem termos uma voz que se comunique diretamente com o público”, o grupo estabeleceu como seu “alvo principal tornar o show e o CD algo que emocione e mantenha o interesse”. Ele revela que o nome do disco veio de um marco inicial do quarteto. “Era no sentido de primeira arcada, o gesto dos músicos de cordas ou primeira nota que tocamos juntos. Por outro lado, queríamos também brincar com nossa canção autoral Last bow, que fecha o disco”, conta Rodrigo Garcia, que é formado em violoncelo, composição e regência pela UFMG.“O nome Last bow surgiu de um conto de Arthur Conan Doyle, criador de Sherlock Holmes. Na história, ele se despede de seu principal personagem em uma batalha com o arqui-inimigo James Moriarty. Sherlock era violinista e, com o gesto de last bow, Conan Doyle alude à ideia de um final, como a última arcada de um concerto. No nosso caso, Last bow é uma canção que tinha até letra e vocais e se referia a um caminhar completo, desde o seu início, como a nossa jornada, entre vitórias e derrotas, até o último gesto, sempre juntos. Achamos interessante fechar o CD com ela. Já o CD First bow, esperamos que seja o primeiro de muitos.”
REPERTÓRIO
Confira quais são as faixas do álbum
1 – Higway star (Blasckmore/Gillan/Glover/Lord/Paice)
2 – Potter’s field (Rodrigo Garcia)
3 – Crazy little thing called love (Freddie Mercury)
4 – As tears go by/Ruby tuesday (Jagger/ Richards/Oldham)
5 – Sabbath bloody sabbath (Iommi/Osbourne/Butler/Ward)
6 – Kashmir (Page/Plant)
7 – Oh! darling (Lennon/McCartney)
8 – Last bow (Rodrigo Garcia)
ROCKIN’ STRINGS
Show de lançamento do CD First bow, nesta quinta-feira (9), às 21h, no Centro Cultural Minas Tênis Clube, na Rua da Bahia, 2.244, Lourdes. R$ 30. Informações: www.eventim.com.br ou (31) 3516-1360.
ROCKIN’ STRINGS – FIRST bow
. Independente
. 8 faixas
. Preço: R$ 15
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