De volta às origens. É exatamente assim como define Guilherme Arantes a apresentação programada para o Palácio das Artes. Acompanhado por sua banda, o músico adianta que o repertório do show traz antigos sucessos e canções do seu álbum mais recente, Flores e cores, lançado em 2017 pelo selo Coacho do Sapo. “Quando digo que é uma volta às origens, falo de minhas influências da música mineira, dos grandes compositores, como Milton Nascimento, Lô Borges e Toninho Horta, entre tantos outros. Me sinto como se fosse um filho bastardo do movimento musical mineiro”, revela o músico, atração desse 3 de maio, às 21h30.
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Ele diz que as nuances dessa inspiração já figuravam em suas incursões iniciais. “Essa evidência da música mineira ecoava muito em São Paulo. Desde o meu primeiro disco, Modo perpétuo (1974), que foi muito importante em minha carreira. Já dá para ver uma influência da música que vinha de Minas”, detalha. Guilherme Arantes celebra também o retorno num espaço artístico tão nobre da capital mineira. “O Palácio das Artes sempre foi muito importante para mim, pois foi lá que apresentei pela primeira vez a minha canção Planeta água, lançada em 1981 e que foi uma das finalistas do Festival MPB Shell daquele ano, acabando em segundo lugar.
TECLADOS
E esses laços permanecem. “Recentemente, participei do disco de Telo Borges, que é um grande compositor e tecladista. Da tradição da música mineira sempre teve muito de teclados, órgãos. Minas sempre usou isso muito bem. Para mim, foi uma emoção muito grande estar em BH e participar com ele da gravação e, ao mesmo tempo, reavivar essa ligação minha com a música de Minas”, revela o cantor paulista. Ele reforça a ligação afetuosa com os mineiros. “Sempre me receberam tão bem. Gosto de me apresentar aí, onde o povo é caloroso, aprecia a boa música e canta e dança junto com o artista, o que é muito bom.”
Se ele observa que o primeiro disco, Moto perpétuo, já bebia nas fontes mineiras, celebra a manutenção dessa sonoridade nos trabalhos mais recentes. “A minha música Semente da maré, que está no disco Flores e cores (2017), acredito que mostra bem uma influência desta linhagem da música mineira em meu trabalho”, pontua Guilherme. “Somos de uma era da canção bonita.
Mas essa identidade não se resume à chamada velha geração. “Também tenho muita ligação e admiração com outros grupos mineiros, como Skank, Pato Fu, Jota Quest. Confesso que há uma sintonia muito forte entre a gente”.
O que esperar do show no Palácio das Artes? “Vamos apresentar um espetáculo para cima, bonito. Trago uma superbanda comigo e garanto que será uma noite inesquecível”, promete o artista, voltando ao tema da mineiridade. “Tocar em Minas é muito importante para mim. Sinto-me em casa, acolhido. Além disso, minhas músicas sempre foram muito tocadas e cantadas aí.” Acompanham Guilherme Arantes os músicos Luiz Sérgio Carlini (guitarra), Alexandre Blanc (guitarra), Willy Verdager (baixo) e Gabriel Martini (bateria).
GUILHERME ARANTES E BANDA
Show com o cantor, compositor e tecladista paulista nesta sexta-feira (3), às 21h30, no Palácio das Artes, na Avenida Afonso Pena, 1.537, Centro, (31) 3236-7400. R$ 180 (Plateia I), R$ 120 (plateia II) e R$ 100 (plateia superior)..