Após 35 anos dividindo o palco com os Titãs, o cantor, compositor e tecladista Sérgio Britto, um dos últimos integrantes da formação original do grupo, fará um voo solo nesta quinta-feira (18), em Belo Horizonte. Ou melhor, quase solo. No palco, ele terá a companhia de Pedro Henrique (bateria), Alexandre Orio (guitarra) e Caio Neves (baixo), uma banda mínima, em comparação com a volumosa formação original dos Titãs.
Britto cantará sucessos como Epitáfio, Quando houver Sol, Go back, Marvin e Sonífera Ilha, entre outras. Ele adianta que o repertório também reúne clássicos do pop rock de outros nomes nacionais e internacionais. “São músicas de bandas que gosto de ouvir e terei a oportunidade de cantar, como, por exemplo, Ramones, The Clash, Beatles, Os Paralamas e Legião Urbana”, diz.
Britto é o integrante dos Titãs com o maior número de composições gravadas pelo grupo. Segundo ele, o processo de composição é contínuo. “Obviamente, quando estamos preparando um disco já temos temas para trabalhar e dedico uma boa parte do meu dia a isso. Mas, em geral, estou atento a ideias, a pequenas sementes que me instigam e posso usá-las para compor. Quem compõe tem uma certa obsessão, fica mergulhado nisso 24 horas por dia”, afirma.
Para ele, esses shows são uma oportunidade de conhecer músicos novos, além de manter um contato mais próximo com os fãs do grupo. “O show é uma maneira de manter viva essa chama, de quebrar a monotonia. É um perigo fazer algo que você gosta por muito tempo e aquilo perder a graça”, diz. Britto observa que o formato intimista remonta ao início da carreira ao lado dos Titãs e tem agradado aos fãs. “Estar perto de um artista que normalmente você vê tão distante e poder conversar, trocar ideia é sempre especial”, afirma.
A diferença entre esse tipo de apresentação e as dos Titãs fica patente. “Um show com os Titãs é sempre cercado por um aparato grande, para grandes plateias. É bacana, porque você sente uma energia também grande. Mas isso afasta você do público. Tocando em lugares menores, como vou fazer em BH, me aproximo das pessoas e posso ouvi-las cantar junto.” Após o show, Britto costuma conversar e tirar fotos com integrantes da plateia. “Algo impossível de ser feito em um show da banda, pelo próprio tamanho.”
DITADURA
Filho do político Almino Affonso, Britto viveu boa parte de sua infância em exílio no Chile, no período da ditadura militar no Brasil. Para o tecladista, é “execrável” a ideia de um retorno da ditadura que uma parcela da sociedade hoje defende. “Falta informação para essas pessoas. Falta entender o que realmente aconteceu no Brasil e em alguns outros países da América Latina e avaliar direito como é viver sob um regime totalitário, seja de direita ou de esquerda”, comenta.
Atualmente, Sérgio Britto se divide entre os shows Titãs trio acústico e a ópera-rock Doze flores amarelas, além dos shows solo com bandas menores. Um disco solo está pronto, mas ainda sem data de lançamento. “Faço música 24 horas por dia porque é a minha paixão”, conta.
*Estagiária sob a supervisão da editora Silvana Arantes
SÉRGIO BRITTO
Nesta quinta (18), às 23h. Mister Rock. Av. Tereza Cristina, 295, Prado. Abertura: Balão Vermelho. Ingressos: R$ 40 (2º lote), R$ 100 (mesa para duas pessoas), R$ 200 (mesa para quatro pessoas) e R$ 60 (camarote), à venda no www.sympla.com.br.
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Britto é o integrante dos Titãs com o maior número de composições gravadas pelo grupo. Segundo ele, o processo de composição é contínuo. “Obviamente, quando estamos preparando um disco já temos temas para trabalhar e dedico uma boa parte do meu dia a isso. Mas, em geral, estou atento a ideias, a pequenas sementes que me instigam e posso usá-las para compor. Quem compõe tem uma certa obsessão, fica mergulhado nisso 24 horas por dia”, afirma.
Para ele, esses shows são uma oportunidade de conhecer músicos novos, além de manter um contato mais próximo com os fãs do grupo. “O show é uma maneira de manter viva essa chama, de quebrar a monotonia. É um perigo fazer algo que você gosta por muito tempo e aquilo perder a graça”, diz. Britto observa que o formato intimista remonta ao início da carreira ao lado dos Titãs e tem agradado aos fãs. “Estar perto de um artista que normalmente você vê tão distante e poder conversar, trocar ideia é sempre especial”, afirma.
A diferença entre esse tipo de apresentação e as dos Titãs fica patente. “Um show com os Titãs é sempre cercado por um aparato grande, para grandes plateias. É bacana, porque você sente uma energia também grande. Mas isso afasta você do público. Tocando em lugares menores, como vou fazer em BH, me aproximo das pessoas e posso ouvi-las cantar junto.” Após o show, Britto costuma conversar e tirar fotos com integrantes da plateia. “Algo impossível de ser feito em um show da banda, pelo próprio tamanho.”
DITADURA
Filho do político Almino Affonso, Britto viveu boa parte de sua infância em exílio no Chile, no período da ditadura militar no Brasil. Para o tecladista, é “execrável” a ideia de um retorno da ditadura que uma parcela da sociedade hoje defende. “Falta informação para essas pessoas. Falta entender o que realmente aconteceu no Brasil e em alguns outros países da América Latina e avaliar direito como é viver sob um regime totalitário, seja de direita ou de esquerda”, comenta.
Atualmente, Sérgio Britto se divide entre os shows Titãs trio acústico e a ópera-rock Doze flores amarelas, além dos shows solo com bandas menores. Um disco solo está pronto, mas ainda sem data de lançamento. “Faço música 24 horas por dia porque é a minha paixão”, conta.
*Estagiária sob a supervisão da editora Silvana Arantes
SÉRGIO BRITTO
Nesta quinta (18), às 23h. Mister Rock. Av. Tereza Cristina, 295, Prado. Abertura: Balão Vermelho. Ingressos: R$ 40 (2º lote), R$ 100 (mesa para duas pessoas), R$ 200 (mesa para quatro pessoas) e R$ 60 (camarote), à venda no www.sympla.com.br.