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Mirando o mercado externo, o grupo lançou duas versões, uma cantada em português e a outra em inglês.
CAPA
O disco teve acabamento esmerado, com capa desenhada pelo quadrinista Marcatti. No centro da ilustração, a perspectiva de um campo de futebol. Nele, um rapaz de roupas rasgadas e dentes estragados segura uma bola. Nos cantos do quadrado, toda sorte de misérias é representada. Violência policial, desigualdade social, favelas e corrupção. Florestas em chamas... “A principal motivação de continuarmos a tocar as músicas desse disco é a atualidade das letras”, afirma o letrista e vocalista.
Sobre o processo de produção da capa do álbum, o quadrinista diz: “Trabalhávamos juntos no escritório da gravadora Eldorado. Passamos três ou quatro tardes inteiras fazendo esboços e nos divertindo muito. Ele trazia as ideias, e eu ia criando os desenhos. Sempre tive aversão a capas de discos com muitos elementos, sem um que se destacasse. Foi aí então que sugeri colocar o jogador de dentes podres bem no centro do quadro, com cores que remetiam à bandeira brasileira”.
Em consonância com a avaliação de João Gordo, Marcatti diz que “nada mudou em décadas” e, a respeito de Brasil, afirma: “Parafraseando Victor Hugo, ‘enquanto houver miséria, esse disco é imprescindível’”. .